Lula e Dilma jogaram Meirelles para escanteio e ele agora ameaça se unir a Ricardo Teixeira para gerenciar a Copa.
Carlos Newton
Henrique Meirelles é a grande incógnita do momento. Está desesperado e deprimido, não sabe o que fazer da vida. É um pobre menino rico, que agora não sabe se permanece como um dos principais nomes da organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 ou se aceita o convite do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para ser o gerente da Copa de 2014.
Atualmente, ele apenas representa a União no Conselho da Autoridade Pública Olímpica, um colegiado sem estrutura que jamais se reuniu. É muito pouco para um homem que sonhava com a Presidência da República, caiu na lábia de Lula e hoje se vê perdido e sem destino.
Milionário, ex-presidente mundial do Bank Boston, que lhe paga régia aposentadoria, em 2002 Meirelles deslumbrou-se com a política, filiou-se ao PSDB, gastou uma fortuna na campanha para se eleger o deputado federal mais votado de Goiás (teve 183 mil votos), primeiro passo de sua escalada para a Presidência da República.
Porém, jamais tomou posse como deputado. Querendo passar uma imagem de austeridade para a comunidade financeira internacional, Lula convidou-o para suceder Armínio Fraga como condutor da política monetária. Meirelles aceitou e foi um dos principais responsáveis por ajudar o país a enfrentar a quebradeira generalizada de 2008.
Em 2010, o PTB de Roberto Jefferson ofereceu-lhe a legenda para concorrer ao Planalto, e o PP acenou que seria possível uma aliança. Mas Meirelles não resistiu aos argumentos de Lula, filiou-se ao PMDB para tentar ser vice de Dilma Rousseff. Enredou-se nas armadilhas internas do partido e perdeu a disputa para Michel Temer.
No desespero, espalhou que gostaria de ser ministro da Casa Civil, mas Antonio Palocci foi escolhido. Depois, Palocci caiu e ele nem foi lembrado. Ficou mesmo no ostracismo, junto com Ciro Gomes, outro que caiu na lábia de Lula. Hoje, são dois perdidos numa noite suja, como na peça de Plínio Marcos.
Fonte: Tribuna da Internet.
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