Carlos Chagas
Nem se fala da garfada que o Rio acaba de levar por conta dos royalties do petróleo extraído de seu litoral. Trata-se de roubo de verdade. O que dizer, porém, da decisão da Fifa, mancomunada com Ricardo Teixeira, de reservar para a antiga capital apenas um jogo da seleção brasileira, na Copa do Mundo? Dois, só se chegar à final. As obras de remodelação do Maracanã ultrapassam um bilhão de reais, mas aos cariocas garante-se uma apresentação de nossos craques. Bem que o governador Sérgio Cabral protesta, esbraveja e esperneia, mas pouco adianta.�
�
Quando da transferência da capital para Brasília, mil promessas se fizeram a respeito dos cuidados que o Rio receberia, mas de lá para cá a cidade só fez sofrer e regredir. Precisou carregar nos ombros o antigo Estado do Rio, que deu um prejuízo danado ao extinto Estado da Guanabara. Perdeu indústrias, ganhou violência. Transformou-se no centro nacional do tráfico de drogas, sem produzir um pé de maconha ou um grama de cocaína. Transitar pelo subúrbios e pela Zona Sul virou aventura, constituindo-se em fantasia a tal paz nos morros, encontrada apenas nos cartões postais.
Valeria à pena a presidente Dilma dedicar parte de seu tempo planejando a recuperação do Rio, do qual, em breve, restará apenas a paisagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário