Ele não era mais nenhuma novidade e não repetiu o mesmo discurso de esperança e glória.
Não cumpriu parte significativa de suas promessas anteriores e não foi o grande timoneiro da crise.
Ainda assim, Barack Obama reelegeu-se ontem presidente dos Estados Unidos. Venceu na maioria dos estados pêndulos (ora republicanos, ora democratas), assegurou maioria no Colégio Eleitoral e uma apertada dianteira no voto popular.
É certo que os norte-americanos não atribuem a Obama a crise herdada pela desregulamentação dos anos Bush –a farra das grandes instituições financeiras, cujos efeitos são sentidos mundo afora.
Mas talvez tenham tido receio de regressar conscientemente ao buraco negro de uma administração republicana, conservadora, belicista, fundamentalista.
O mundo agradece.
Apesar das frustrações, Obama mantém uma popularidade fora dos Estados Unidos muito superior a que tem lá dentro.
Não por ser o “socialista” que busca implantar um sistema de saúde universal; tampouco por encarnar a figura do homem da paz, que vociferava contra uma Guantanamo à beira da extinção e prometia uma nova política ao Oriente Médio.
Mas em razão do enorme receio do que seria um novo governo republicano, com o legado Bush nas costas. A expansão da “guerra ao terror” ou o terror puro da guerra, a exportação de uma crise quase sem precedentes, a perseguição feroz aos imigrantes, a destruição paulatina das garantias individuais em nome da segurança, o retrocesso moral.
Para quem está do lado de fora, portanto, foi o medo que venceu, não a esperança.
Que Obama possa usar os próximos quatro anos para cumprir, dentro e fora dos Estados Unidos, as promessas de campanha que ainda ficaram pendentes, e fazer jus ao exageradamente precoce e ainda sem justificativa Nobel da Paz que lhe foi ofertado como incentivo.
A começar, por suspender o anacrônico embargo comercial a Cuba.
Que saiba conviver com um país ainda cautelosamente dividido, com estreita maioria no Senado e larga minoria na Câmara dos Deputados –que mistura a expansão do fundamentalismo do Tea Party, com a oficialização do casamento homoafetivo, uma política criminal fortemente repressiva e a liberalização da maconha em alguns Estados.
Mas que, sobretudo, impeça que o país mergulhe novamente nas trevas.
A essa altura da crise mundial, a exportação do conservadorismo e da xenofobia poderiam ser desastrosas.
Não cumpriu parte significativa de suas promessas anteriores e não foi o grande timoneiro da crise.
Ainda assim, Barack Obama reelegeu-se ontem presidente dos Estados Unidos. Venceu na maioria dos estados pêndulos (ora republicanos, ora democratas), assegurou maioria no Colégio Eleitoral e uma apertada dianteira no voto popular.
É certo que os norte-americanos não atribuem a Obama a crise herdada pela desregulamentação dos anos Bush –a farra das grandes instituições financeiras, cujos efeitos são sentidos mundo afora.
Mas talvez tenham tido receio de regressar conscientemente ao buraco negro de uma administração republicana, conservadora, belicista, fundamentalista.
O mundo agradece.
Apesar das frustrações, Obama mantém uma popularidade fora dos Estados Unidos muito superior a que tem lá dentro.
Não por ser o “socialista” que busca implantar um sistema de saúde universal; tampouco por encarnar a figura do homem da paz, que vociferava contra uma Guantanamo à beira da extinção e prometia uma nova política ao Oriente Médio.
Mas em razão do enorme receio do que seria um novo governo republicano, com o legado Bush nas costas. A expansão da “guerra ao terror” ou o terror puro da guerra, a exportação de uma crise quase sem precedentes, a perseguição feroz aos imigrantes, a destruição paulatina das garantias individuais em nome da segurança, o retrocesso moral.
Para quem está do lado de fora, portanto, foi o medo que venceu, não a esperança.
Que Obama possa usar os próximos quatro anos para cumprir, dentro e fora dos Estados Unidos, as promessas de campanha que ainda ficaram pendentes, e fazer jus ao exageradamente precoce e ainda sem justificativa Nobel da Paz que lhe foi ofertado como incentivo.
A começar, por suspender o anacrônico embargo comercial a Cuba.
Que saiba conviver com um país ainda cautelosamente dividido, com estreita maioria no Senado e larga minoria na Câmara dos Deputados –que mistura a expansão do fundamentalismo do Tea Party, com a oficialização do casamento homoafetivo, uma política criminal fortemente repressiva e a liberalização da maconha em alguns Estados.
Mas que, sobretudo, impeça que o país mergulhe novamente nas trevas.
A essa altura da crise mundial, a exportação do conservadorismo e da xenofobia poderiam ser desastrosas.
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