O homem que será chefe dos advogados da Casa Branca, Gregory Craig, é um especialista em América Latina que chegou a articular em público qual seria a agenda de Barack Obama para a região.
Greg Craig ocupará um posto importante pelo acesso que terá ao futuro presidente dos Estados Unidos. O antecessor dele articulou uma das mudanças fundamentais nos últimos oito anos no país: o aumento do poder do Executivo em relação ao Judiciário e ao Legislativo. O chefe dos advogados da Casa Branca é encarregado de interpretar as leis e aconselhar o presidente. Junto com representantes do Departamento de Justiça também é encarregado de opinar sobre decisões do Executivo, principalmente em relação às "executive orders", que são a versão americana da medida provisória.
Foi ouvindo a assessoria jurídica que a Casa Branca retirou vários procedimentos de interrogatório da definição de tortura ou afirmou que a prisão de Guantánamo não estava sujeita à Convenção de Genebra que proteger prisioneiros de guerra. Foi o advogado-chefe que ajudou na criação do "combatente inimigo", a figura jurídica que passou a definir os capturados na "guerra contra o terrorismo" lançada pelo governo Bush.
A expectativa é de que Greg Craig ajude o presidente Obama a restabelecer as garantias constitucionais dribladas pelo governo Bush nos últimos oito anos.
Mas não custa repetir aqui quais foram as principais sugestões do advogado para a política de Obama em relação à América Latina: acabar gradualmente com o bloqueio econômico a Cuba; ouvir mais do que falar; não escolher lado em disputas eleitorais (como aconteceu na Bolívia e Venezuela, por exemplo); estreitar laços com militantes que defendem o meio ambiente; mudar as prioridades de "comércio, traficantes e drogas" para "saúde, emprego e justiça social".
Fonte:BLOG VI O MUNDO.
Um comentário:
O Brasil bem que precisava de um advogado desses, com uma função dessas, não te parece? Não sei se é o cargo do Advogado Geral da União, creio que não, o Craig deve ser mais um "consultor jurídico" da Presidência. Mesmo porque o dr. Toffoli, sinceramente, me decepcionou muito com sua posição no caso do torturador Ustra.
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