A enrascada em que os aliados se meteram
Agora especulam sobre envio de observadores brasileiros...
Bem interessante, dignas de boa meditação, duas notas que o Nelson de Sá, da coluna Toda Mídia, publica hoje em seu espaço na Folha de S.Paulo sobre a guerra na Líbia. E atenção, importante não só porque ele faz uma realista análise do conflito, com base no noticiário da mídia internacional, como faz um alerta: "especulam" se não é o caso de os BRICs, mais especificamente Brasil e Índia enviarem tropas - observadores! - para acompanhar o conflito.
Vão querer que sobre para a gente? "A guerra vai minguando na Líbia", diz o colunista, contando que a Al Jazeera (a TV do Dubai, mais ou menos independente na cobertura) fechou o dia destacando declaração de um líder da oposição a Muamar Kaddhafi.
Segundo este lider, os rebeldes líbios estão desapontados com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que desde 2ª feira da semana passada substitui (oficialmente) os Estados Unidos na coordenação da ofensiva aliada.
Quem paga esta conta?
O "Guardian", jornal de Londres, noticiou que, com a "retirada (2ª da semana passada) dos caças dos EUA", a "OTAN não tem jatos para a campanha". Aí, segundo o colunista da Folha, que toma como base a revista "Foreign Policy", especulam se não é o caso de, diante de eventual acordo ou trégua, enviar "tropas BRICs de paz para a Líbia".
Como estas tropas não podem mais vir da Europa, avaliam os analistas, eles propõem "mais precisamente" que "Brasil e Índia ofereçam observadores imparciais" para a missão. A outra nota é tão interessante à reflexão quanto esta 1ª.
Nela o colunista da Folha fala da grande indagação na Europa: "uma questão a ser respondida na intervenção européia na Líbia é quem paga a conta. Como os governos europeus cortaram até as pensões dos aposentados e os salários dos servidores (fora os gastos sociais), e aumentaram todo tipo de impostos, inclusive as contribuições previdenciárias, como justificar os gastos militares na Líbia?"
O colunista concluiu que outra pergunta a ser feita é: como manter no país africano uma longa campanha militar de altíssimo custo dado o uso intensivo da aviação, sem resultados práticos, e ainda sendo criticada pelos chamados rebeldes que já falam abertamente em “desapontamento com a OTAN”?
Fonte: Blog do Zé Dirceu.
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