Oito milionários conquistam a prefeitura de capitais
Riqueza e poder político vão andar de mãos dadas em oito capitais brasileiras a partir de 1º de janeiro de 2013, quando tomam posse os vitoriosos nas eleições municipais deste ano. Dos 26 prefeitos eleitos nas capitais, oito são milionários, ou seja, ostentam um patrimônio superior a R$ 1 milhão.
No grupo dos oito, há representantes de todas as regiões. O protagonismo é do Centro-Oeste. Cuiabá tem o prefeito eleito mais rico do país nas capitais, Mauro Mendes (PSB), cujos bens alcançam R$ 116,859 milhões. Também no grupo dos milionários está o Alcides Bernal (PP), de Campo Grande, embora com um patrimônio bem menor, de R$ 1,3 milhão. Somando a fortuna de Mendes com o pouco mais de R$ 1 milhão de Bernal e os R$ 152.756,35 declarados por Paulo Garcia (PT), de Goiânia, chega-se a um patrimônio conjunto de R$ 118,31 milhões. Isso faz do Centro-Oeste a região com maior riqueza nas mãos dos prefeitos de capitais.
A reportagem é de Antonio Perez e publicada pelo jornal Valor, 30-10-2012.
O Sudeste, com quatro capitais, aparece em segundo, com R$ 60 milhões. Como no Centro-Oeste, um único político tem a maior parte do bolo. É o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), cujos bens somam R$ 58,86 milhões, o que o coloca na posição de segundo prefeito mais abastado entre as capitais.
A região Norte tem dois representantes no grupo dos milionários. O bolso mais cheio é de Carlos Amastha (PP), terceiro mais rico de todos. Eleito prefeito de Palmas no primeiro turno, ele declarou bens no valor de R$ 18,15 milhões. O outro milionário da região é Mauro Nazif (PSB), de Porto Velho. Com R$ 1,048 milhão, é o lanterninha do grupo dos oito endinheirados. Ao todo, os sete prefeitos das capitais da região Norte tem em conjunto R$ 21,8 milhões.
Os milionários do Nordeste são ACM Neto (DEM), de Salvador, e Carlos Eduardo (PDT), de Natal. Quarto prefeito eleito de capital mais rico, ACM Neto tem um patrimônio de R$ 13,32 milhões. Logo em seguida, na quinta posição no grupo dos oito, aparece Carlos Eduardo, com R$ 2,605 milhões. Já a região Sul tem apenas um milionário. É Gustavo Fruet (PDT), prefeito eleito de Curitiba, com bens no valor de R$ 2,26 milhões.
Do grupo de oito milionários, seis são empresários. E eles são justamente os seis mais ricos - uma informação que parece confirmar a máxima de que, com raras exceções, ninguém constrói uma fortuna trabalhando para os outros - ou seja, como empregado.
Da fortuna de R$ 116,8 milhões de Mauro Mendes, mais de 90% referem-se à participação em empresas, a maior delas a Bipar Investimentos e Participações (R$ 105,718 milhões). Como investidor, Mendes tem R$ 45,49 mil em ações, R$ 21,67 mil em títulos de capitalização, R$ 2,45 mil em um fundo DI e R$ 30,22 na caderneta de poupança. Nas aplicações financeiras, a maioria fatia está em dois planos de previdência privada, cujas aplicações somam R$ 383 mil.
ACM Neto é outro cuja riqueza se deve à atividade empresarial. Dos R$ 13,32 milhões que declarou, R$ 9,384 milhões referem-se a quotas da TV Bahia adquiridas pelo prefeito eleito em 2012. Outros R$ 368,5 mil representam cotas em uma empresa chamada Anre Participações Ltda. Na seara dos investimentos, o herdeiro do "carlismo" é conservador. Tem R$ 1,183 em aplicações de renda fixa no BB e no Bradesco e R$ 879 em um plano de previdência privada do BB.
Os três menos ricos na lista dos oito milionários (Gustavo Fruet, Alcides Bernal e Mauro Nazif) são justamente os que não tem participações em empresas. Fruet revela-se, contudo, um investidor sofisticado. Seguindo os ensinamentos do papa da diversificação, o economista americano e prêmio Nobel Harry Markowitz, ele evita colocar "todos os ovos na mesma cesta". O prefeito eleito de Curitiba tem dinheiro em fundo DI (R$ 473,5 mil), fundos multimercados (R$ 245 mil), ações (R$ 35,3 mil), planos de previdência (R$ 100 mil) e em imóveis comerciais (R$ 298 mil).
No grupo dos oito, há representantes de todas as regiões. O protagonismo é do Centro-Oeste. Cuiabá tem o prefeito eleito mais rico do país nas capitais, Mauro Mendes (PSB), cujos bens alcançam R$ 116,859 milhões. Também no grupo dos milionários está o Alcides Bernal (PP), de Campo Grande, embora com um patrimônio bem menor, de R$ 1,3 milhão. Somando a fortuna de Mendes com o pouco mais de R$ 1 milhão de Bernal e os R$ 152.756,35 declarados por Paulo Garcia (PT), de Goiânia, chega-se a um patrimônio conjunto de R$ 118,31 milhões. Isso faz do Centro-Oeste a região com maior riqueza nas mãos dos prefeitos de capitais.
A reportagem é de Antonio Perez e publicada pelo jornal Valor, 30-10-2012.
O Sudeste, com quatro capitais, aparece em segundo, com R$ 60 milhões. Como no Centro-Oeste, um único político tem a maior parte do bolo. É o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), cujos bens somam R$ 58,86 milhões, o que o coloca na posição de segundo prefeito mais abastado entre as capitais.
A região Norte tem dois representantes no grupo dos milionários. O bolso mais cheio é de Carlos Amastha (PP), terceiro mais rico de todos. Eleito prefeito de Palmas no primeiro turno, ele declarou bens no valor de R$ 18,15 milhões. O outro milionário da região é Mauro Nazif (PSB), de Porto Velho. Com R$ 1,048 milhão, é o lanterninha do grupo dos oito endinheirados. Ao todo, os sete prefeitos das capitais da região Norte tem em conjunto R$ 21,8 milhões.
Os milionários do Nordeste são ACM Neto (DEM), de Salvador, e Carlos Eduardo (PDT), de Natal. Quarto prefeito eleito de capital mais rico, ACM Neto tem um patrimônio de R$ 13,32 milhões. Logo em seguida, na quinta posição no grupo dos oito, aparece Carlos Eduardo, com R$ 2,605 milhões. Já a região Sul tem apenas um milionário. É Gustavo Fruet (PDT), prefeito eleito de Curitiba, com bens no valor de R$ 2,26 milhões.
Do grupo de oito milionários, seis são empresários. E eles são justamente os seis mais ricos - uma informação que parece confirmar a máxima de que, com raras exceções, ninguém constrói uma fortuna trabalhando para os outros - ou seja, como empregado.
Da fortuna de R$ 116,8 milhões de Mauro Mendes, mais de 90% referem-se à participação em empresas, a maior delas a Bipar Investimentos e Participações (R$ 105,718 milhões). Como investidor, Mendes tem R$ 45,49 mil em ações, R$ 21,67 mil em títulos de capitalização, R$ 2,45 mil em um fundo DI e R$ 30,22 na caderneta de poupança. Nas aplicações financeiras, a maioria fatia está em dois planos de previdência privada, cujas aplicações somam R$ 383 mil.
ACM Neto é outro cuja riqueza se deve à atividade empresarial. Dos R$ 13,32 milhões que declarou, R$ 9,384 milhões referem-se a quotas da TV Bahia adquiridas pelo prefeito eleito em 2012. Outros R$ 368,5 mil representam cotas em uma empresa chamada Anre Participações Ltda. Na seara dos investimentos, o herdeiro do "carlismo" é conservador. Tem R$ 1,183 em aplicações de renda fixa no BB e no Bradesco e R$ 879 em um plano de previdência privada do BB.
Os três menos ricos na lista dos oito milionários (Gustavo Fruet, Alcides Bernal e Mauro Nazif) são justamente os que não tem participações em empresas. Fruet revela-se, contudo, um investidor sofisticado. Seguindo os ensinamentos do papa da diversificação, o economista americano e prêmio Nobel Harry Markowitz, ele evita colocar "todos os ovos na mesma cesta". O prefeito eleito de Curitiba tem dinheiro em fundo DI (R$ 473,5 mil), fundos multimercados (R$ 245 mil), ações (R$ 35,3 mil), planos de previdência (R$ 100 mil) e em imóveis comerciais (R$ 298 mil).
Nenhum comentário:
Postar um comentário