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A negativa do povo da Islândia a pagar a dívida que as elites abastadas tinham adquirido com a Grã Bretanha e a Holanda gerou muito medo no seio da União Europeia. Prova deste temor foi o absoluto silêncio na mídia sobre o que aconteceu. Nesta pequena nação de 320.000 habitantes a voz da classe política burguesa tem sido substituída pela do povo indignado perante tanto abuso de poder e roubo do dinheiro da classe trabalhadora. O mais admirável é que esta guinada na política sócio-econômica islandesa aconteceu de um jeito pacífico e irrevogável. Uma autêntica revolução contra o poder que conduziu tantos outros países maiores até a crise atual. Este processo de democratização da vida política que já dura dois anos é um claro exemplo de como é possível que o povo não pague a crise gerada pelos ricos.
O Vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira comentou o assunto: “Além de mostrar como se consolida um país através do uso da cidadania, ela mostra também a "imparcialidade" da mídia, que fez o mesmo silêncio ensurdecedor quanto ao livro "A privataria Tucana".Devemos aproveitar essa lição e iniciar já um movimento semelhante. Senão o nosso país, que sofre uma sangria brutal do sistema financeiro conforme atesta a auditoria da dívida (tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e os repassa para os banqueiros na forma do maiores juros do mundo - 45% do orçamento é para eles); vê os seus minérios serem exportados sem um retorno acima dos 2% de royalties e vê também uma desnacionalização galopante de suas empresas. Ainda vale a atenção para a atuação do lobby internacional no Congresso para enfraquecer a nova lei do petróleo chega a ser gritante. Querem nos tomar o pré-sal a todo custo”.
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