quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ECONOMIA - Rentistas ganham mais uma vez e querem mais.

A reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) terminou ontem com o resultado pela qual torcia o mercado: um aumento de 0,5 ponto nos juros, levando a taxa anual para 10,5%.
O aumento foi maior até mesmo do que previa (0,25 ponto) a maior parte da mídia – que também pressionou pela alta da Selic. Foi a sétima alta seguida.
Como dizia sempre aqui José Dirceu, mais uma vitória dos rentistas. O aumento da Selic é um instrumento de concentração de renda, afinal apenas uma pequena parcela dos brasileiros é beneficiada pelo pagamento dos juros, com títulos do Tesouro.
São cerca de R$ 200 bilhões anuais em pagamento de juros. Dinheiro que faz falta na saúde, na educação e na mobilidade urbana.
Em nome do combate à inflação, os juros sobem. Mas diversos economistas vêm alertando para o fato de nossa inflação atual não ser de demanda. Elevar os juros seria no mínimo inútil.
Mas não adiantou. Com a campanha patrocinada pelo mercado e parte da mídia, os juros subiram mais uma vez. E já preveem – e torcem – por uma nova alta.
E assim o Brasil se mantém no topo mundial da taxa de juros.

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