quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

POLÍTICA - Entrevista com FHC


Altamiro Borges: FHC diz que mensalão mineiro foi só caixa dois



FHC vai rifar o cambaleante Aécio?
 
Por Altamiro Borges, em seu blog

A entrevista de FHC ao blogueiro Josias de Souza, da Folha tucana, não deve ter agradado o senador Aécio Neves, o cambaleante candidato tucano.
“Na opinião de Fernando Henrique Cardoso qualquer um que derrote Dilma Rousseff na disputa presidencial de 2014, seja Aécio Neves ou Eduardo Campos, será bom para o país. ‘Não estou pensando partidariamente, estou pensando historicamente. Está na hora. O Brasil precisa arejar’, disse ele” ao blog nesta quinta-feira (3).
FHC até tentou disfarçar seu entusiasmo com o postulante da sua sigla. “Principal líder da oposição e presidente de honra do PSDB, FHC declarou que prefere Aécio, ‘porque tem uma estrutura partidária maior. Mas acho que o Eduardo está tomando posições corretas e vai arejar de qualquer maneira’”.
O grão-tucano tem como maior obsessão derrotar o atual projeto no governo — independentemente do candidato — e prega a radicalização do discurso. “Essa eleição só será ganha pela oposição se alguém da oposição, seja quem vier a ser, tiver coragem de dizer as coisas como elas são, com simplicidade”. Ele aposta que “a campanha vai forçar uma certa radicalização”.
Neste sentido, ele festeja a candidatura dissidente do atual governador de Pernambuco e presidente do PSB. ”Pela primeira vez, houve um deslocamento de blocos do governo. Tanto a Marina quanto o Eduardo saem do bloco do governo e vão para o outro lado… E acho que há, pela primeira vez também, uma articulação positiva entre o Eduardo e o Aécio”.
O ex-presidente acredita que ambos vão “somar forças” na disputa presidencial contra a reeleição de Dilma Rousseff. Ele até fustiga a verde Marina Silva, que tem dificultado alianças do PSB com o PSDB em estados estratégicos, como São Paulo.
“O objetivo da Marina não é eleger o Eduardo, é fazer a Rede”. Mas não esconde a sua alegria com a candidatura dissidente de ambos na disputa nacional.Um parte curiosa da entrevista é quando o ex-presidente afirma que os tucanos mineiros devem uma explicação sobre o uso de Caixa-2 na campanha de Eduardo Azeredo, em 1998.
“No caso de Minas Gerais, na época, eu fui dos poucos que disse que era preciso uma explicação. Agora, vamos qualificar. O que houve em Minas Gerais foi o que o Lula disse que era natural. Foi, eventualmente, desvio de recursos para campanha eleitoral. Não é perdoável, mas é diferente do mensalão”. Aécio Neves que se cuide! A sua batata pode estar assando.

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