Nova doutrina Obama sobre segurança. Inimigo, só a Al-Qaeda. Nova aliança com Brasil
O presidente Barack Obama acaba de sepultar a doutrina Bush de guerra ao terror, sem fronteiras.
Para Obama, o único inimigo dos EUA é a Al-Qaeda.
Apenas contra os alqaedistas, frisou Obama, o seu governo vai lutar.
Obama evita o termo “extremismo islâmico”, tão a gosto do seu antecessor e que levava à generalização. Com a declaração de um só inimigo, o presidente norte-americano coloca uma pá de cal na criminalização ao Islã promovida por W. Bush.
O presidente Obama, no documento sobre segurança, fala em “abrir-se para celebrar novas alianças diplomáticas”. Destaca, também, mudanças na política comercial. Para tanto, promete “liberdade de comércio”, entendido por analistas como reexame de barreiras protecionistas.
No documento, que vem sendo chamado de nova doutrina Obama, está grafado que deverá haver um corte à dependência do petróleo estrangeiro.
Há, também, um anúncio de elaboração de uma nova regulamentação a evitar danos ecológicos com vazamentos de petróleo, como a “maré negra” que ocorre no Golfo do México.
No tema relações internacionais, Obama inclina-se, sem abdicar de parceiros tradicionais, para novos relacionamentos com o Brasil, a China e a Índia.
PANO RÁPIDO. O presidente Lula vai gostar. E, ao celebrar acordo com o Irã, atendeu, realmente, o desejo de Obama, que até reconheceu, para surpresa de analistas precipitados.
Wálter Fanganiello Maierovitch
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