Le Monde considerou "histórico" o acordo Brasil-Turquia-Irã
"Guardem essa data" - frisou o jornal francês
"Os livros de história vão guardar essa data, segunda-feira, 17 de maio, quando o Brasil e a Turquia propuseram à ONU um acordo negociado com Teerã sobre uma parte do problema nuclear iraniano".
A avaliação é do jornal Le Monde, na edição da última quarta-feira (19/5), fac-símile acima.
As palavras do editorial de um dos mais respeitados jornais europeus defende o direito de os países emergentes serem ativos em uma área que, até agora, era monopolizada pelas decisões das grandes potências tradicionais: a proliferação nuclear no Oriente Médio e os conflitos nesta região-chave para a Europa e os Estados Unidos.
Assim, esse acordo tripartite muda tudo, analisa o artigo, considerando que as potências emergentes invadem, de forma concreta, o campo reservado aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia.
A mensagem do presidente Lula e do premiê turco Recep Erdogan é clara e sem equívocos: "Neste ano de 2010, vocês não vão reger sozinhos uma ordem internacional em que o peso das nações evolui a favor de países como os nossos". O Brasil e Turquia puseram "os pingos nos is", reivindicando fazer parte do grupo dos 5 + 1 , o Conselho que tem o mandato da ONU para tratar do caso nuclear iraniano.
Para o jornal francês, as ambições políticas dos países do Sul são legítimas e devem ser acolhidas de forma positiva. Mas, neste caso específico, o ceticismo do quinteto é justificado, mesmo se reconhecem que o acordo foi "um primeiro passo rumo a uma boa direção".
Le Monde explica por que acha que os cinco têm razão: o documento turco-brasileiro propõe que somente uma parte do urânio enriquecido seja guardado no exterior em troca de combustível nuclear enriquecido de forma a servir somente para uso civil.
Isso, porém, não impede que o Irã continue fabricando, a longo prazo, matéria susceptível de servir à fabricação da bomba atômica. E isso legitima a decisão de aplicar novas sanções no dia seguinte ao anúncio do acordo.
A França, mesmo preocupada em não contrariar o Brasil, é favorável à proposta de novas sanções, o quanto antes. Já os Estados Unidos, querem essas sanções custe o que custar, diz o Le Monde.
As palavras do editorial de um dos mais respeitados jornais europeus defende o direito de os países emergentes serem ativos em uma área que, até agora, era monopolizada pelas decisões das grandes potências tradicionais: a proliferação nuclear no Oriente Médio e os conflitos nesta região-chave para a Europa e os Estados Unidos.
Assim, esse acordo tripartite muda tudo, analisa o artigo, considerando que as potências emergentes invadem, de forma concreta, o campo reservado aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Rússia.
A mensagem do presidente Lula e do premiê turco Recep Erdogan é clara e sem equívocos: "Neste ano de 2010, vocês não vão reger sozinhos uma ordem internacional em que o peso das nações evolui a favor de países como os nossos". O Brasil e Turquia puseram "os pingos nos is", reivindicando fazer parte do grupo dos 5 + 1 , o Conselho que tem o mandato da ONU para tratar do caso nuclear iraniano.
Para o jornal francês, as ambições políticas dos países do Sul são legítimas e devem ser acolhidas de forma positiva. Mas, neste caso específico, o ceticismo do quinteto é justificado, mesmo se reconhecem que o acordo foi "um primeiro passo rumo a uma boa direção".
Le Monde explica por que acha que os cinco têm razão: o documento turco-brasileiro propõe que somente uma parte do urânio enriquecido seja guardado no exterior em troca de combustível nuclear enriquecido de forma a servir somente para uso civil.
Isso, porém, não impede que o Irã continue fabricando, a longo prazo, matéria susceptível de servir à fabricação da bomba atômica. E isso legitima a decisão de aplicar novas sanções no dia seguinte ao anúncio do acordo.
A França, mesmo preocupada em não contrariar o Brasil, é favorável à proposta de novas sanções, o quanto antes. Já os Estados Unidos, querem essas sanções custe o que custar, diz o Le Monde.
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Entrementes no Brasil, o PIG joga pedra e debocha de um acordo histórico (o acordo em si pode ir para as cucuias), mas a iniciativa diplomática desses três países está marcada com tinta indelével nos anais da geopolítica internacional.
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