Comitês Populares podem ser a grande novidade do pleito deste ano
Um dos momentos mais expressivos e importantes dos movimentos sociais brasileiros, que poderá ter grandes impactos políticos, acontece na próxima semana. Entre os dias 31 de maio e 1º de julho, a capital paulista será sede de amplas discussões da Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais – convocada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) – e a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), respectivamente.
Os eventos podem ter inclusive repercussão no processo eleitoral deste ano, uma vez que um de seus maiores objetivos é a aprovação de um Projeto Nacional de Desenvolvimento Popular para o Brasil. “Tanto a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) como as centrais sindicais estão formulando um projeto de desenvolvimento que vise um país mais soberano, desenvolvido, com uma melhor distribuição de renda e mais direitos para o povo”, afirmou a secretária Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB, Lúcia Stumpf.A proposta é que esse projeto sirva como suporte para a organização da atuação dos movimentos sociais nas campanhas vigentes. O projeto propõe questões para o desenvolvimento do Brasil que só poderão ser encampadas com a eleição da candidata desenvolvimentista, Dilma Rousseff. “Ela é a única candidata hoje capaz de colocar em curso essas propostas de um país ainda mais desenvolvido e soberano, que os movimentos sociais irão apresentar para a sociedade”.
Além do Projeto Nacional de Desenvolvimento Popular, a Assembleia deverá aprovar e organizar a constituição de Comitês Populares de Campanha. Lúcia Stumpf explicou que os comitês deverão ser formados por entidades ou lideranças que participam de movimentos sociais. “A campanha de 2010 tem uma importância muito grande para o país porque podemos definir pelo aprofundamento das transformações em curso (com a vitória de Dilma Rousseff), ou ter um retrocesso muito grave (com a eleição do candidato José Serra)”.
O objetivo é que cada espaço de organização social – centros comunitários, associações de bairro, centros acadêmicos universitários, espaços de articulação do movimento negro – se torne um comitê popular de campanha, tendo como eixo central as propostas aprovadas através do Projeto Nacional de Desenvolvimento Popular. “Precisamos que a campanha da Dilma seja disseminada a partir das lideranças populares. Aquela mesma pessoa que organiza a luta específica e direta por mais direitos na sua região, deve levar e apresentar a campanha da Dilma para o conjunto da população que ela influencia, enfatizou a secretária Nacional de Movimentos Sociais.
Lucia explicou ainda que a proposta é que mesmo depois das eleições os comitês populares sirvam de núcleos de mobilização. “Independentemente do resultado eleitoral as mobilizações vão precisar de um protagonismo ainda maior a partir de 2011 para que a gente seja capaz de construir esse Brasil com mais direitos e conquistas para o povo”.
A constituição dos comitês populares corresponde a uma necessidade da luta política eleitoral – a mobilização do povo. Este pode ser um diferencial importante no conjunto de atividades da campanha eleitoral que está para começar.
Da Redação Mariana Viel
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