Naõ seria nenhuma surpresa se a blogueira cubana Yoanes se beneficie dos contratos.
EUA investiram mais de 2,3 bilhões em propaganda contra governo cubano nos últimos 10 anos
- 19/05/2010 |
- Thais Romanelli
- Opera Mundi
A Lei de Acesso à Informação desclassificou documentos que mostram que a USAID (Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional) modificou contratos e investiu mais de 2,3 bilhões de dólares para propaganda contra o governo cubano desde 1999.
Segundo os contratos da agência com a organização CubaNet – site com sede em Miami de oposição ao governo cubano e um dos parceiros da USAID – os Estados Unidos bancaram jornalistas na ilha que defendiam posições contrárias a Havana.
De 1999 a 2010 houve um aumento da verba direcionada aos críticos do governo cubano. Os valores subiram de 98 mil dólares para 20 milhões.
O CubaNet, um dos principais parceiros da agência norte-americana, surgiu em 1994, e usa a internet para criticar o governo cubano. Em parceria com a NED (sigla em inglês para Fundação Nacional para a Democracia), organização privada que se diz a serviço da democracia nas Américas, o USAID financia declaradamente o CubaNet afirmando “apoiar um programa para expansão de um site de jornalistas independentes em Cuba”, segundo o contrato.
Além disso, os documentos prevêem o controle da USAID sobre as contratações de funcionários, sobre o plano de trabalho e exige um relatório trimestral de progresso e atividades realizadas. O site diz ser em sua própria página uma “organização apartidária, dedicada a promover a imprensa livre em Cuba, impulsionar o setor independente a desenvolver um sociedade civil e informar ao mundo a realidade do país”.
Algumas leis norte-americanas vetam o envio de dólares para Cuba, proíbe a divulgação de propagandas financiadas pelo governo e a utilização destas informações nos meios de comunicação do país.
Em um documento datado de 19 de abril de 2005, fica explícito que o site não limita seu trabalho ao território cubano: “o CubaNet continua publicando reportagens e promovendo sua disseminação nos meios de comunicação de massa nos EUA e na imprensa internacional”, diz um dos relatórios.
O mesmo arquivo mostra que foi autorizado o envio de “fundos privados” que não pertenciam a USAID para a ilha naquele ano. Diante da restrição do Departamento do Tesouro de Washington, o documento afirma que os “fundos privados” foram escondidos dentro da autorização embutidas a agência estadunidense para financiar o site.
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