terça-feira, 29 de novembro de 2011

MÍDIA - Strip-tease da imprensa.

Livro escrito por dois consagrados jornalistas, Palmério Dória (não é meu parente) e Mylton Severiano, aponta revelações que já eram conhecidas nos bastidores da política mas que, por motivos óbvios, eram escondidas pela grande imprensa.

Estes autores já haviam publicado no ano passado o maior bestseller nacional de 2010, "Honoráveis Bandidos -Um retrato do Brasil na era Sarney".

O capítulo 2, usa revelações do WikiLeaks que vêm desnudando a atuação de conhecidos jornalistas "platinados",como foi o caso do William Waak e outros, flagrados como informantes do governo americano.

São estes que querem dar lição de moral e se consideram "formadores de opinião".

O Mainardi então, nem se fala. É pena que perdi a gravação de uma conversa dele com o Reynaldo Azevedo, logo que saiu o resultado das eleições do primeiro turno da eleição passada. Faziam profecias incríveis e estavam comemorando por antecipação, a vitória, segundo eles, "acachapante", no segundo turno, do Serra sobre a Dilma, que entre outros adjetivos pejorativos, chamavam de "poste". IMPERDÍVEL!

Estes são, o que no passado eram chamados de "quintas-colunas", termo este cunhado durante a guerra civil espanhola.

O jornalista Sebastião Nery comenta o livro dos jornalistas acima citados, que tem tudo para ser o best-seller deste ano.

Strip-tease da imprensa


Sebastião Nery, na Tribuna da Internet.


“A escolha do principal candidato a presidente pelas oposições, e de seu vice, havia sido uma novela. Policial. José Serra esperou o último minuto, do último dia do prazo legal, para dizer que era candidato, deixando aflitos os Grandes Irmãos: Folha, Estadão, Globo, Veja, Época, o Grupo RBS e outros irmãozinhos pequenos Brasil afora”.

“Seus colunistas até abandonaram temporariamente a função de informar para se tornarem conselheiros e incentivadores – “Vai que é sua, Serra!”.

Parecia que era mesmo, pois, ao raiar de 2010, ele tinha 41% das intenções de voto contra 28% de Dilma Rousseff”.

“Só um ano depois se saberia, mas naquele início de 2010 os “colonistas” da Veja e do Globo, Diogo Mainardi e Merval Pereira, não só aconselhavam e incentivavam Serra, como eram informantes dos Estados Unidos, na pessoa do cônsul daquele país no Rio de Janeiro”.

MAINARDI

“Os textos, publicados em 10 de março de 2011 por Maria Frô e Miguel do Rosário no blog Gonzum, mostram que Diogo e Merval embolsaram o ouro de Washington (se fizeram o serviço de graça, fica mais feio ainda).
A notícia se baseou em telegramas do saite “Wikileaks”, repassados para um grupo de blogs, inclusive o Gonzum”.

“Os telegramas mostram que os leitores de Diogo e Merval estavam lendo gato por lebre e o cônsul ouviu gato por lebre. Os dois gatos, Merval e Diogo, não acertavam uma, erravam todas na mosca. Diz o “Wikileaks”:

“Em almoço privado dia 12 de janeiro (2010), o colunista político da revista Veja Diogo Mainardi disse ao cônsul que a proposta d o nome de Marina Silva como vice na chapa de Serra foi baseada em conversa entre Serra e ele, quando Serra disse que Marina seria a “companheira de chapa de seus sonhos”.


“Serra expôs as vantagens: a história de Marina e as impecáveis credenciais de militante da esquerda contrabalançariam a atração que Lula exerce sobre os pobres; e poriam Dilma em desvantagem na esquerda. Marina ajudaria Serra a superar o peso da associação com o governo FHC que Dilma usaria. Serra falou, Diogo publicou como se fosse idéia sua”.

MERVAL(o imortal)

“Mainardi contou ao cônsul que o governador de Minas Aécio Neves disse a ele, no início de janeiro, que permanecia “completamente aberto’ à possibilidade de ser candidato a vice na chapa de Serra.

Deu errado: Aécio estava era “completamente fechado” à hipótese de ser vice de Serra.

“Apesar de Aécio dizer publicamente que concorreria ao Senado. Mainardi disse ao cônsul que ele planejava esperar um cenário no qual o PSDB o convidasse, por volta de março, para compor a chapa. Deu errado.

Para não atrapalhar o PSDB, Aécio comporia a chapa ao lado de Serra, na opinião de Mainardi, Deu errado”.

“Era a mesma opinião de Merval Pereira, do Globo, que se reuniu com o cônsul dia 21 de janeiro. Disse ao cônsul que conversou na véspera com Aécio Neves, que lhe disse estar “firmemente comprometido” a ajudar Serra fosse como fosse, inclusive como vice.

Não se engana um cônsul desta maneira. Na opinião de Merval, uma chapa Serra-Neves venceria. Disse também acreditar que não só Aécio iria aceitar ser vice de Serra, mas também que Marina apoiaria Serra num segundo turno. Tudo errado”.

O LIVRO

Essa historia rocambolesca é apenas o começo do capitulo 2 (são 20) de um livro-bomba sobre a imprensa brasileira : – “Crime de Imprensa” – “Um retrato da Mídia Brasileira Murdoquizada” – “Pequenos e Grandes Golpes dos Grandes Irmãos da Midia” (“Na Maioria dos Casos a Mídia é Ponta de Lança Para Grandes Negócios” – Mino Carta).

O livro é de dois consagrados jornalistas brasileiros – Palmerio Doria e Mylton Severiano – autores do maior best-seller nacional do ano passado: – “Honoráveis Bandidos – Um Retrato do Brasil na Era Sarney” (Geração).
“Crime de Imprensa” é da Ed. Plena – (SP – (11) 3853.7505 – (11) 9941.7440. editor@plenaeditorial,com.br www. plenaeditorial.com.br

Vai ser lançado nas faculdades de Jornalismo. Primeira: amanhã, quarta, 30, na ECA – USP – a partir das 19:30, auditório Freitas Nobre – Cidade Universitária (palestra dos autores e discussão do tema).

Também terá lançamentos nas bancas de jornal. O primeiro foi na sexta feira, 25, na Banca Bruno, Avenida Paulista – São Paulo.

Já li. Imperdível. Livro corajoso e fascinante. Traz todos os golpes da campanha eleitoral Serra x Dilma. Um striptease da nossa grande imprensa.

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