Autor:
Luis Nassif.
Algumas informações sobre o estilo Dilma de governar, após um ano de trabalho.
Um dos pontos que chamou a atenção foi o fato de, logo na largada, Dilma ter esvaziado os principais pontos de fricção da mídia com o governo Lula - como a questão do Irã, entre outras.
O marqueteiro João Santana ajudou com algumas pesquisas. Mas o ponto central do estilo é a própria Dilma. Não aceita nada que não seja natural, que não pense ou acredite. Muitas vezes vai contra o receituário e impõe seus pontos de vista. Não é intuitiva como Lula, mas tem bom discernimento. Principalmente, tem um conselheiro fundamental, que é Lula.
Não aceita nenhuma pressão por diferenças ideológicas, mas é implacável com denúncias de irregularidades. No episódio Palocci, a decisão de demissão foi exclusiva dela, contra os conselhos do próprio Lula e o desejo de Palocci, de permanecer no cargo. No episódio Orlando Silva, cedeu à pressão da mídia, mesmo sem haver provas objetivas de irregularidade.
Internamente, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, é o que mais a tem provocado para pensar estrategicamente a crise. É o contraponto ao dia-a-dia de governo. insistindo para que o país pense estratégias globais, inclusive compra de grandes empresas multinacionais.
Guido Mantega, da Fazenda, é outro prestigiado, assim como Alexandre Tombini, do Banco Central. O mutismo da área econômica é devido a ordens diretas dela. Quer completar o ciclo de queda dos juros com a menor turbulência possível.
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