Tem gente acreditando que eleições se resolvem dois anos antes. Em relação às de 2012, como já ocorreu em relação às de 2008 e de 2004, essa síndrome atacou muitos líderes e partidos, principalmente aqueles mais obcecados pela Presidência da República.
Antes era o solitário José Serra, duas vezes candidato ao Palácio do Planalto (2002 e 2010), duas vezes derrotado nessa sua ambição. Agora ele tem companhia. Várias. Uns mais jovens, outros mais curtidos, mas todos com a mesma legítima ambição: começar já a disputa de 2014.
Agem como se eleição se decidisse por apoio apenas de prefeitos e vereadores, ou por alianças esdrúxulas e de momento. Apesar da legitimidade das alianças e objetivos de seus partidos e suas, esses afoitos não aprenderam nada com as vitórias do presidente Lula em 2002 e 2006 e da presidenta Dilma Rousseff em 2010.
Agem como se eleição se decidisse por alianças esdrúxulas.
Um exemplo é a aliança do PSD-PSB na Câmara Municipal de São Paulo, seguida da tentativa por parte de José Serra de uma aliança entre o PSDB e o PSD de seu sempre e já tradicional aliado, o prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora fundador da legenda pessedista).
Ou seja, o que José Serra propõe - agora explícita e publicamente - é a retomada da aliança do DEM-ex-PFL com o tucanato que levou à vitória, à reeleição de Gilberto Kassab em 2008 e a derrota estrondosa e humilhante do agora governador (registre-se, pela 3ª vez) Geraldo Alckmin, abandonado, para não dizer traído, por José Serra e seu grupo.
Naquele 2008 José e cia foram contra a candidatura Alckmin à Prefeitura. Ele os desafiou, atropelou a todos, saiu candidato e sofreu derrota acachapante.
Fonte: Blog do Zé Dirceu.
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