sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MÍDIA - Crítica da Ombudsman.

Ombudsman da Folha critica matéria sobre privataria @Veja @rede_globo
Eu [Eduardo Guimarães] e outros blogueiros recebemos por e-mail vazamento de crítica interna que a ombudsman da Folha, Suzana Singer, escreveu hoje [15/12] sobre a matéria que este post comenta. Leia, abaixo:


Antes tarde do que nunca
Suzana Singer


Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro A Privataria Tucana (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.


Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm off-shores? Não deveríamos investigar e questioná-los? Já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.


Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo de seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente Veja e Folha.


Teria sido bom editar um “acervo Folha conta a história da privatização” para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet – e da Record – de disseminar a tese do “PIG”. E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.


O Painel do Leitor só deu hoje [15/12] uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:


1. ter um viés de defesa dos tucanos;


2. não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;


3. exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);


4. não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);


5. não ter citado que o livro está sendo bem vendido.

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