quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

MÍDIA - Entre a democracia e a guerra midiática global.


No Observatório da Imprensa

Não apenas as urnas dizem respeito ao Estado de direito, mas o que ocorre entre cada eleição, isto é, igualdade social, justiça e participação popular nos assuntos do país. Em cada um desses pontos, segundo dados oficiais considerados também por diversos organismos internacionais, a Venezuela sob o governo democrático de Hugo Chávez vem alcançando níveis sociais e democráticos como nunca antes em sua conturbada história marcada por golpes (sobretudo patrocinados pela CIA), sabotagens e corrupção, e como poucas nações latino-americanas atualmente.
Hugo Chávez também tem questionado seriamente a política externa norte-americana desde que assumiu a presidência em 1999, especialmente no que diz respeito à chamada Guerra ao Terror, condenando as invasões que desrespeitam a soberania de Estados, ferem todas as leis internacionais e agridem gravemente civis inocentes. Além disso, a República Bolivariana da Venezuela é o país mais rico em petróleo da América Latina, este o grande “interesse” histórico dos EUA naquele país que, desde que Chávez assumiu a presidência, tem nacionalizado as reservas petrolíferas.
Para profundo desgosto das elites da região e de Washington, o presidente Chávez não apenas está vivo no hospital em La Habana, Cuba, como se recupera e também o adiamento de sua posse, prevista para 10 de janeiro, é absolutamente constitucional ao contrário da nova ofensiva internacional àquele que governa o Estado mais abundante em petróleo da região.
Ao longo destes 14 anos de governo, reeleito presidente em 12 de outubro passado pela quarta vez, Hugo Chávez tem sofrido uma suja guerra midiática praticada pela grande mídia internacional, e no Brasil não tem sido diferente, retratando uma realidade venezuelana muito diferente da condizente com a verdade, sobretudo envolvendo o presidente e o ser humano Hugo Chávez em particular, especialmente agora, distorcendo as implicações de sua reeleição, a enfermidade, sua subsequente internação e a consequente prorrogação de sua posse à presidência como é o caso do jornal O Estado de S. Paulo, conforme veremos adiante.
Em meio a tudo isso, poucos veículos internacionais divulgaram as evidências de que a criminosa tentativa de golpe de Estado em 11 de abril de 2002 na Venezuela contou com amplos setores das elites e da grande imprensa local, todos subordinados à administração de George Bush e da CIA. O diário britânico The Guardian foi um dos poucos que noticiou a questão, conforme veremos aqui. Nada disso difere da também suja guerra midiática, patrocinada por Washington, que sofrem os países latino-americanos, inclusive o Brasil.
Leitura de O Estado de S. Paulo
Em 20 de janeiro, Celso Lafer escreveu sobre o adiamento da posse do presidente Chávez no diário O Estado de S. Paulo, um dos mesmos veículos de comunicação que além de estar quase que totalmente sem credibilidade perante a sociedade brasileira hoje, apoiou o Golpe Militar de 1º de abril de 1964 autodenominado à época de “Revolução Democrática” (patrocínio este que o jornalão nega até a morte hoje), faz atualmente sistemática perseguição ao Partido dos Trabalhadores e à pessoa do ex-presidente Lula (a que pesem todas as divergências que se possa ter com este operário originário da roça nordestina, e com seu partido), cuja emblemática prática antijornalística e até criminosa foram as implicações do Mensalão antecipando culpados e aplicando sentenças (sem provas):
“Essa fórmula [do adiamento da posse], que teve o respaldo do Legislativo e do Judiciário, afastou a via constitucional contemplada para uma situação dessa natureza: a realização de nova eleição em 30 dias”. Este artigo já se inicia com título bastante sugestivo, que se torna mais claro ao longo do texto, “Reflexões sobre a Situação da Venezuela”, com o termo “situação” denotando conturbação, crise, instabilidade, algo totalmente distante da realidade venezuelana mas que a grande mídia internacional insiste em criar envolvendo a Venezuela.
Em um texto superficial no caso específico, muito argumentativo mas sem nenhum efeito prático sobre o que trata, Lafer, professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, ainda afirmou conclusivamente:
“É por obra da natureza monocrática do regime político da Venezuela que a fórmula encontrada para manter, no momento, ainda que indiretamente, o mando do presidente Chávez se fez per leges, ou seja, por meio da lei, mas não sob o império do governo das leis. É por isso que ela é democraticamente discutível e juridicamente frágil. A evolução da conjuntura dirá se a democracia vai ou não enfraquecer-se ainda mais [grifo nosso] na Venezuela e se vai ou não contribuir para aumentar a heterogeneidade não democrática da região.”
Pois é: a histeria justiceira da mídia comercial e dos setores mais conservadores deste país, conforme temos abordados neste Observatório apegados de tal maneira ao cumprimento de um tipo de jurisprudência bem peculiar, sempre pende ao mesmo lado e agora, no caso da posse de Hugo Chávez, não difere em nada das práticas às quais estamos pateticamente acostumados no Brasil – não por coincidência, tem sido esse mesmo tom o da grande mídia internacional: Reuters, The New York Times e El País da Espanha, por exemplo, desde o início transformaram a internação do presidente eleito da Venezuela em um grande entrave democrático, muitas vezes dando-o como morto discutindo sistematicamente a sucessão presidencial enquanto porta-vozes do governo, o vice-presidente Nicolás Maduro e o ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, garantiam constantemente que o presidente estava vivo, em recuperação.
Garantia constitucional para adiamento da posse do presidente Chávez
Antes de mais nada, a Constituição venezuelana, em seu artigo 231:
“O candidato eleito ou candidata eleita assumirá o cargo de presidente da República em dez de Janeiro do primeiro ano de seu período constitucional, por meio de juramento diante da Assembleia Nacional. Se por qualquer motivo sobrevindo [grifo nosso] o presidente da República não puder tomar posse perante a Assembleia Nacional, o fará diante do Supremo Tribunal de Justiça.”
Com base neste artigo, que não foi elaborado nas últimas semanas, evidentemente, o Poder Legislativo democraticamente eleito aprovou o adiamento da posse de Hugo Chávez para o período presidencial 2013-2019 sob amplo apoio popular, solicitação esta acatada pelo Poder Judiciário.
Antes disso, o próprio Hugo Chávez fora eleito presidente em 7 de outubro de 2012 com 54,84% dos votos, contra 44,55% de seu principal oponente, Henrique Capriles. A participação popular na referida eleição, em um país que o voto não é obrigatório, foi o maior da história: 80.85%, o que demonstra amadurecimento democrático e politização entre a sociedade, em uma eleição totalmente limpa, fato este reconhecido até pelo arquirrival de Chávez antes mesmo dos resultados oficiais terem sido definitivamente divulgados.
A sociedade que reelegeu o presidente há poucos meses para continuar no Palácio de Miraflores é a mesma que apoia sua recuperação agora, bem como a jurisprudência cristalinamente aplicada a fim de garantir, digna e democraticamente, a posse de Hugo Rafael Chávez Frías.
Para desalento dessas mesmas elites perfeitamente representadas por suas respectivas mídias, o presidente Chávez, ao menos neste momento, apresenta recuperação – jamais perdeu o maciço apoio da população local. Onde se observa fragilidade democrática crescente na Venezuela perante tal quadro, conforme afirmou o professor Lafer no jornalão do Golpe?
Lamentavelmente para a sede democrática das pretensiosas elites e da grande mídia latina e norte-americana, do Alasca à Terra do Fogo curiosamente sob novos ataques de esquizofrenia justiceira, democracia que tanto dizem defender funciona exatamente assim conforme se tem avançado na Venezuela, nação soberana.
Nem só de urnas vive uma democracia
Democracia, no entanto, não se resume a frequentes sufrágios universais, mas o que ocorre entre esses períodos. Pois também neste caso, a Venezuela sob Hugo Chávez vive uma democracia jamais vista antes em toda sua história, em diversos pontos elogiada pela Organizações das Nações Unidas (ONU).
Além de declarado Estado livre do analfabetismo segundo a Unesco em 2005, após alfabetizar 1,5 milhões de pessoas inclusive nas línguas indígenas, a Venezuela possui o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América Latina hoje, fruto das políticas sociais de Hugo Chávez (tais índices são bastante relativos, mas no caso venezuelano é bastante significativo comparando sua situação anterior ao governo Chávez, especialmente tomando tais números dentro do contexto atual, que veremos resumidamente a seguir).
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), sob a presidência de Chávez a Venezuela reduziu em 50% a proporção de pessoas em pobreza extrema, atingiu uma das metas do milênio estabelecidas pela organização (o prazo para alcançar tal meta era 2015).
Segundo o Instituto Sofi (Estado da insegurança alimentar no mundo 2012, na sigla em inglês), em 2012 a porcentagem de pessoas subnutridas foi inferior a 5% da população total – de 1990 e 1992, a porcentagem foi de 13,5%.
Entre 2002 e 2010, a pobreza extrema apresentou queda livre como em nenhum outro país da região: de 48,6%, despencou para 27,8% da sociedade, reduzindo-se assim de 22,2% para 11,5%.
Segundo a professora da Universidade Central da Venezuela, Mariclein Stelling para a revista Caros Amigos (novembro de 2012, pág. 12), “[a sociedade local hoje] têm direitos a ter direitos. Não somos mas uma sociedade submissa, esperando um favor de uma escola.
“Aqui já existe um processo de pró-atividade política. Antes não era assim, o pobre era sempre pobre e não tinha vontade de crescer. As pessoas sabem o que é controle social, o que é poder popular, já estão organizadas em coletivo.”
Outro fator positivo, e que traduz muito bem a manipulação midiática e a guerra oculta de Washington, é que hoje a Colômbia, sob a presidência de Juan Manuel Santos, menos submisso aos ditames norte-americanos (pero no mucho), agradece a colaboração do vizinho e homólogo Hugo Chávez pela eficiente colaboração no tráfico de drogas e terrorismo em suas fronteiras (seu antecessor, Álvare Uribe, que escancarou o país às bases militares norte-americanas, tido por George Bush como seu grande aliado na região, Chávez era constante e fortemente acusado de apoio ao narcotráfico e de apoio a atos de terror, sem nenhuma substância).
Ponto negativo da administração de Chávez é a violência: tais índices chegaram a 19.133 assassinadas em seu país em 2009, o que significa a assustadora taxa de 75 homicídios por 100 mil habitantes.
O presidente Chávez é questionado, ou “acusado”, melhor colocado, por não ter podido ou nem sequer tentado gerar um líder que possa substituí-lo. Há em seu governo pessoas da mais alta capacidade e idoneidade, tais como os próprios vice-presidente Nicolás Maduro e o ministro de Comunicação, Ernesto Villegas.
Contudo, deve-se recordar que a Venezuela, assim como os demais países da região, sofreu por mais de um século até a posse do presidente Chávez, fortes intervenções, golpes e regimes autoritários, de maneira que não se pode resolver o problema e produzir estadistas em alguns poucos anos.
Leitura de El País
No último dia 24/1, o diário espanhol El País publicou uma imagem falsa que indicava Hugo Chávez entubado, no que o jornal dizia se tratar de sua atual recuperação no hospital de La Habana. O título da reportagem fantasia era “O segredo da enfermidade de Chávez”, dando uma séria conotação de gravidade do estado de saúde do governante venezuelano.
A imagem fora retirada de um vídeo do Youtube, de um paciente sob tratamento em 2008. No mesmo dia, foi constatada a falsidade da imagem, a direção de El País retirou os exemplares impressos das bancas, a “reportagem” do seu sítio na Internet e desculpou-se com seus leitores, porém não se retratou perante a sociedade venezuelana nem como Hugo Chávez e com seus familiares por mais uma tentativa histericamente irresponsável em gerar crise no governo bolivariano.
Leitura do The Guardian
Nada disso é divulgado no Brasil, nem nos grandes meios de comunicação globais, nem menos o que ocorreu em abril de 2002, quando o mesmo Hugo Chávez sofreu o golpe que o tirou da presidência por 48 horas. Sob isso, vale recordar, perante todo esse cenário venezuelano entre o avanço democrático e a guerra midiática, o que reportou o jornal The Guardian em ”Golpe na Venezuela Ligado à Equipe de Bush“ (tradução livre):
“Especialistas em 'guerras sujas' dos anos 80 incentivaram os golpistas que tentaram derrubar o presidente Chávez.
“O fracassado golpe na Venezuela esteve intimamente ligada aos altos funcionários do governo dos EUA, The Observer comprovou. Eles têm uma longa história na “guerra suja” dos anos 1980, e as ligações aos esquadrões da morte na América Central, trabalhando naquela época.
“(...) Além disso, também aprofunda as dúvidas sobre a política na região a serem consideradas por pessoas nomeadas para a administração Bush, as quais construíram suas carreiras ao serviço das guerras sujas do presidente Reagan.
“Um deles, Elliot Abrams, que acenou à tentativa de golpe na Venezuela, condenado na Justiça por enganar o Congresso sobre o infame caso Irã-Contras.
“(...) Imediatamente, aprovou no novo governo [da Venezuela, grifo nosso] o empresário Pedro Carmona.
“Agora, os funcionários da Organização dos Estados Americanos e de outras fontes diplomáticas, conversando com The Observer, afirmam que o governo dos EUA não estava somente ciente do golpe prestes a acontecer, mas havia sancionado-o presumindo que obteria sucesso.
“As visitas de venezuelanos para planejar um golpe, incluindo Carmona mesmo, começou, segundo fontes, ‘há vários meses’ e continuou até semanas antes do golpe final, na semana passada. Os visitantes foram recebidos na Casa Branca pelo homem chave do presidente George Bush, encarregado de para a formulação de políticas para a América Latina, Otto Reich.
“Reich é extremo-direitista cubano-norte-americano que, no governo Reagan, dirigiu o Instituto de Diplomacia Pública. Órgão que fazia relatos, em tese, ao Departamento de Estado, mas foi provado, por investigações do Congresso, que Reich se reportava diretamente ao Apoio de Segurança Nacional de Reagan, o coronel Oliver North, na Casa Branca.
“North foi condenado e humilhado por seu papel no escândalo Irã-Contras, onde armas compradas pelas vergonhosas sanções dos EUA no Irã, foram vendidos aos guerrilheiros Contra e esquadrões da morte, em revolta contra o governo marxista da Nicarágua.
“(...) Reich, segundo fontes da OEA, participou de ‘uma série de reuniões com Carmona e outros líderes do golpe de Estado’, durante vários meses. O golpe foi discutido em detalhes, até sua época e as chances de sucesso, que foram consideradas excelentes.
“'Os setores mais reacionários dos Estados Unidos também estiveram envolvidos na conspiração', disse [Guillermo García Ponce, diretor da Comissão Política do Comando Revolucionário].”
[Para ler o artigo traduzido ao português na integra, além de dois videodocumentários, um deles da rede TV Telesur da Venezuela da série intitulada IngerenCIA, sobre a tentativa de golpe criando cenários com apoio manipulador da mídia, aqui (http://edumontesanti.skyrock.com/6.html) (role a tela).]
História sem fim
A América Latina vive, e não é de hoje, um bombardeio midiático conforme abordamos no início, através do qual até pessoas razoavelmente bem informadas e com boas intenções acabam distorcendo realidades. Tais campanhas não possuem nenhum caráter justiceiro, evidentemente, nem defendem interesses populares, ao contrário do que aparentam. É o caso da Venezuela desde que Hugo Chávez assumiu a presidência, em 1999: no Brasil, onde Hugo Chávez é sinônimo de golpismo, trata-se de grande surpresa a realidade venezuelana exposta aqui, o que pode ser assistido nos videodocumentários recomendados mais acima sobre o golpe de 2002, bem como a administração de Chávez, sua própria figura humana e todos os golpes midiáticos que tem sofrido nestes anos.
Sobre a guerra midiática promovida pela CIA na América Latina, com diversas reportagens e documentos secretos originais revelados por WikiLeaks podem ser lidos em português aqui (http://edumontesanti.skyrock.com/30.html) – esta guerra não morreu junto com as ditaduras militares regionais, nem em 2002 na tentativa de derrubar Chávez ao contrário do que muitos imaginam: mudaram-se apenas as escusas e tornou-se mais sutil, sob determinados aspectos.
No caso particular da Venezuela, as mentiras e manipulações dos jornalões brasileiros vêm “cobrando” daquele país transparência e democracia plena, o que eles mesmos sempre se opuseram tal como se deu em 1º de abril de 1964, o dia da mentira que desgraçadamente insiste em se perpetuar no Brasil.
À CNN em espanhol, Hugo Chávez já concedeu duas entrevistas ao vivo, uma para a jornalista Carmen Aristegui, em novembro passado, e outra para a jornalista Patricia Janiot, podendo falar abertamente sobre seu governo, algo jamais ocorrido no “libertário” jornalismo brasileiro que se opõe ferrenhamente ao marco regulatório na imprensa, supostamente em nome da liberdade de expressão porém, na prática, justamente para poder seguir praticando as mesmas manipulações de sempre tendo garantida não a liberdade de expressão, mas a de imprensa e seus interesses comerciais.
Conforme argumentamos no livro Mentiras e Crimes da “Guerra ao Terror” (citando sérias ocorrências jornalísticas no Brasil, EUA e outras partes do globo), o jornalismo brasileiro é mais submisso aos ditames de Washington que a própria Imprensa norte-americana, por incrível que possa parecer. Pois está aí, mais uma vez pateticamente evidenciado que os meios de comunicação do Brasil estão completamente prostrados de joelhos diante do Império, como sempre estiveram.
Assim, semana após semana, ela e suas distorções e espetáculos: a irregenerável mídia brasileira, manipulando a opinião pública sem nenhum constrangimento – “coincidentemente”, sempre contra os avanços sociais e a favor dos usurpadores do poder.
Conforme afirmou Cláudio Guerra, ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e autor do livro Memórias de uma Guerra Suja (sobre a ditadura militar brasileira, na qual ele mesmo confessa, arrependido, ter executado vários cidadãos inocentes apenas por questões ideológicas) em entrevista ao Observatório da Imprensa em junho de 2012, a ideologia ditatorial, conservadora e regressiva, segue muito viva no Brasil, estando apenas adormecida.
De nossa parte, não temos dúvidas de que tal regime está na iminência de despertar; trabalha-se arduamente nos porões da política, do alto empresariado e da Imprensa predominante, nacional e latino-americana, a favor do retrocesso aos piores momentos da história da América Latina, tudo isso sob apoio sujo, muitas vezes histericamente irresponsável das grandes potências e seus porta-vozes da mídia. Cada semana, temos diversas e irrefutáveis evidências dessa orquestra contra o avanço das políticas sociais e da democracia na região mais rica em biodiversidade do planeta.
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[Eduardo Montesanti Goldoni é escritor e professor de Inglês e Português para Estrangeiros da Yellow English School]

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