segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

POLÍTICA - Querem impedir Lula de fazer política.


Campanha de ódio e inveja quer impedir que Lula faça política

Poucas vezes nos últimos tempos um encontro teve tanta e tão duradoura repercussão quanto o ocorrido na semana passada entre o ex-presidente Lula e o prefeito paulistano Fernando Haddad. Ocorreu há uma semana e repercutia ainda neste domingo em matérias, artigos, análises, fotos...Tudo geralmente contra, com duras críticas ao ex-presidente e ao prefeito.

Interessante é que a mídia e os analistas não dão o mesmo tratamento às inúmeras vezes em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi ao Palácio dos Bandeirantes durante os governos dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, nem quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se encontra com o governador de Minas, Antônio Anastasia, e nem quando outros ex-governadores visitam sucessores. Registram as visitas, mas sem esse caráter de cobrança e não dizem que o visitado foi diminuído e que o visitante é que manda em seu governo.

Na página 2 do Folhão de ontem, o texto de um articulista insinua que o Brasil deveria adotar a solução dos Estados Unidos, que desde 1951 resolveram esse problema de ex-presidentes com a aprovação da 22ª emenda à Constituição, proibindo que eles voltem ao cargo depois de exercidos dois mandatos consecutivos ou não. "(...) por aqui, por falta de lei e de costumes, nossos ex-presidentes ficam boiando num perigoso limbo político, sempre tentados a voltar a uma disputazinha nas urnas".

Tudo isso é pura campanha para tentar imobilizar Lula


Quer dizer, o articulista fala genericamente sobre ex-presidentes, não cita FHC, Fernando Collor e José Sarney, mas critica de alto a baixo no artigo a ação política de Lula. O que tentam, na verdade, é impedir que o ex-presidente Lula exerça sua liderança e seu papel histórico. Querem imobilizá-lo, evitar que ele comande o PT e participe ativamente da vida política do país.

Todos os ex-presidentes dos Estados Unidos participam da política partidária e eleitoral e indiretamente são consultados sobre assuntos de natureza estratégica para o país. Ai estava Bill Clinton (Partido Democrata) na campanha de 2012 da reeleição do presidente Barack Obama. Também o candidato derrotado por Obama em 2008, senador John MacCain (Partido Republicano), participou da campanha de Mitt Romney (versus Obama) de novo no ano passado.

O resto, meus amigos, é conversa fiada. Proibir a reeleição (como os EUA proibem um 3º mandato presidencial) ou mesmo uma nova eleição não significa proibir um ex-presidente de exercer liderança, ou fazer política partidária, e/ou participar da vida politica. Inclusive de campanhas eleitorais. Só o ódio e a inveja explicam esse posicionamento de nossa mídia.

Nessa linha, só agravam a falta de pluralismo da mídia

O que buscam, no fundo, é anular a liderança de Lula, já que no Brasil todos os ex-presidentes, sem falar nos ex-governadores tucanos como Aécio Neves e José Serra, participam da vida política plenamente e de corpo e alma. Começando pelo ex-presidente FHC, que não disputou eleições de novo porque não quis ou porque não era popular o suficiente para vencer. Aí é um problema dele e do PSDB, e não da democracia brasileira.

A campanha que grande parte da mídia, articulistas e jornalistas promovem contra o ex-presidente Lula - e neste caso específico contra a visita dele ao prefeito Haddad - só agrava a absoluta falta de pluralismo na mídia e acentua cada vez mais a censura que ela pratica ao assumir o papel de oposição aberta ao ex-presidente petista, ao PT, e agora ao governo Dilma.

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