“VEJA” NÃO VAI PERGUNTAR À BLOGUEIRA CUBANA SE ELA ASSINARIA UM MANIFESTO CONTRA BLOQUEIO ESTADUNIDENSE DE 50 ANOS IMPOSTO A CUBA
“VEJA” USA A TÁTICA DA ANTECIPAÇÃO
Por Mário Augusto Jakobskind, no blog “Direto da Redação”
“A revista Veja, como sempre, segue aprontando. Desta vez, tenta envolver a Embaixada de Cuba em um suposto dossiê contra a blogueira cubana Yoáni Sánchez, que chega ao Brasil nesta segunda-feira (18). De quebra, aparece o senador Álvaro Dias (PSDB) tentando reforçar o absurdo.
A ‘Veja’ e o senador tucano estão equivocados. Não é necessário nenhum dossiê da embaixada cubana, como afirmam, para saber quem é Yoáni Sánchez. Ela tem vínculos profundos com o Departamento de Estado norte-americano e cobertura internacional em vários órgãos da mídia de mercado.
No Brasil, não é mistério nenhum. A blogueira foi requisitada pelo "Instituto Millenium" para dar o recado contra o regime cubano. Escreve artigos que não resistem a menor análise.
Yoáni Sánchez ganhou vários prêmios que lhe asseguram boa quantidade de euros e dólares. Essas informações não são novas e estão na internet ao alcance de quem quiser. Vale então uma pergunta: como ela consegue todo material informático que em Cuba custa uma fortuna? Quem, em suma, a financia?
A blogueira é pouco conhecida em Cuba propriamente dita, mas em compensação tornou-se arroz de festa em muitos países com o seu proselitismo contra o regime socialista.
Yoáni Sánchez passou muito tempo reclamando que o governo cubano não lhe permitia sair. Agora, seguindo orientação pragmática, o governo de Raúl Castro autoriza a saída de quem quer que seja. Yoáni chega ao Brasil para participar de uma série de atividades.
A revista "Veja", antecipando-se ao que acontecerá em matéria de informações e contestações sobre a blogueira, jogou o veneno tentando envolver a representação diplomática cubana no Brasil.
Trata-se de um esquema manjado com o objetivo de antecipar o que vai acontecer. E só cai nessa mentira quem desconhece a existência nos dias de hoje da internet.
Quem tiver dúvidas a esse respeito basta pedir o auxílio do doutor google (www.google.com.br) e verá tudo que quiser a respeito da blogueira.
Espaços midiáticos não comprometidos com serviços de inteligência como a CIA provavelmente vão divulgar informações sobre Yoáni Sánchez. Ela terá muito mais espaço na mídia de mercado para divulgar o que considera suas verdades.
Os espaços midiáticos de mercado não vão perguntar a blogueira se ela assinaria um manifesto contra bloqueio estadunidense de 50 anos imposto a seu país. Ficaria de saia justa, por motivos óbvios.
Os referidos meios de comunicação de mercado não vão perguntar, por exemplo, que tipo de contrato ela tem com o "Instituto Millenium", que a convidou para escrever artigos em grandes jornais brasileiros? Quanto recebe por sua catilinária anticubana editada em vários jornais do mundo, a começar pelo espanhol "El Pais"?
Outra pergunta que não será formulada: quanto ela recebeu em dinheiro por prêmios conquistados no exterior?
A "Veja" adiantou como a blogueira vai ser recebida nos arraiais das forças conservadoras da mídia de mercado. Figuras marcadas serão escaladas para dar as boas vindas. Alô Jabor, alô Merval. alô William Waack!
Yoáni Sanchez já começou mentindo ao afirmar, em uma de suas entrevistas antes de viajar, que tem o apoio de cubanos residentes no Brasil. A única entidade representativa dos cubanos aqui, a "Associação de Cubanos Residentes no Brasil" (Ancreb), manifestou seu repúdio à presença dessa senhora que tem como missão criticar o regime socialista cubano.
A blogueira, em suma, é uma farsa e só existe porque conta com o apoio em todos os níveis de governos, entidades e figuras marcadas por uma linha ideológica que quer manter a todo custo o mundo sob o domínio de forças econômicas perniciosas à maioria da população mundial.
Não é preciso nenhuma bola de cristal para prever que os telejornais das "Organizações Globo" serão acionados para dar as boas-vindas à senhora blogueira, recém-contratada pela "Sociedade Interamericana de Imprensa" (SIP) como vice-presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa em Cuba. Vale também a seguinte pergunta: quanto ela vai receber em espécie pelo cargo?
A "Veja" e seus seguidores na mídia de mercado não se conformam com o contraponto. Informam o que consideram as suas verdades, mas quando questionados inventam histórias do tipo dossiê da embaixada cubana.
Ah, sim, não será nenhuma surpresa se Yoani Sãnchez for convocada pela SIP para participar de debates com o objetivo de atacar governos de países como a Argentina, onde foi aprovado pelo Congresso, depois de anos de discussão pelos movimentos sociais, legislação sobre os meios de comunicação. Uma legislação democrática e que é combatida com muita violência pelo patronato midiático vinculado a SIP.”
FONTE: escrito por Mário Augusto Jakobskind, no blog “Direto da Redação”. O autor é espondente no Brasil do semanário uruguaio "Brecha". Foi colaborador do "Pasquim", repórter da "Folha de São Paulo" e editor internacional da "Tribuna da Imprensa". Integra o Conselho Editorial do seminário "Brasil de Fato". É autor, entre outros livros, de "América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE". Artigo publicado no site "Direto da Redação"
“VEJA” USA A TÁTICA DA ANTECIPAÇÃO
Por Mário Augusto Jakobskind, no blog “Direto da Redação”
“A revista Veja, como sempre, segue aprontando. Desta vez, tenta envolver a Embaixada de Cuba em um suposto dossiê contra a blogueira cubana Yoáni Sánchez, que chega ao Brasil nesta segunda-feira (18). De quebra, aparece o senador Álvaro Dias (PSDB) tentando reforçar o absurdo.
A ‘Veja’ e o senador tucano estão equivocados. Não é necessário nenhum dossiê da embaixada cubana, como afirmam, para saber quem é Yoáni Sánchez. Ela tem vínculos profundos com o Departamento de Estado norte-americano e cobertura internacional em vários órgãos da mídia de mercado.
No Brasil, não é mistério nenhum. A blogueira foi requisitada pelo "Instituto Millenium" para dar o recado contra o regime cubano. Escreve artigos que não resistem a menor análise.
Yoáni Sánchez ganhou vários prêmios que lhe asseguram boa quantidade de euros e dólares. Essas informações não são novas e estão na internet ao alcance de quem quiser. Vale então uma pergunta: como ela consegue todo material informático que em Cuba custa uma fortuna? Quem, em suma, a financia?
A blogueira é pouco conhecida em Cuba propriamente dita, mas em compensação tornou-se arroz de festa em muitos países com o seu proselitismo contra o regime socialista.
Yoáni Sánchez passou muito tempo reclamando que o governo cubano não lhe permitia sair. Agora, seguindo orientação pragmática, o governo de Raúl Castro autoriza a saída de quem quer que seja. Yoáni chega ao Brasil para participar de uma série de atividades.
A revista "Veja", antecipando-se ao que acontecerá em matéria de informações e contestações sobre a blogueira, jogou o veneno tentando envolver a representação diplomática cubana no Brasil.
Trata-se de um esquema manjado com o objetivo de antecipar o que vai acontecer. E só cai nessa mentira quem desconhece a existência nos dias de hoje da internet.
Quem tiver dúvidas a esse respeito basta pedir o auxílio do doutor google (www.google.com.br) e verá tudo que quiser a respeito da blogueira.
Espaços midiáticos não comprometidos com serviços de inteligência como a CIA provavelmente vão divulgar informações sobre Yoáni Sánchez. Ela terá muito mais espaço na mídia de mercado para divulgar o que considera suas verdades.
Os espaços midiáticos de mercado não vão perguntar a blogueira se ela assinaria um manifesto contra bloqueio estadunidense de 50 anos imposto a seu país. Ficaria de saia justa, por motivos óbvios.
Os referidos meios de comunicação de mercado não vão perguntar, por exemplo, que tipo de contrato ela tem com o "Instituto Millenium", que a convidou para escrever artigos em grandes jornais brasileiros? Quanto recebe por sua catilinária anticubana editada em vários jornais do mundo, a começar pelo espanhol "El Pais"?
Outra pergunta que não será formulada: quanto ela recebeu em dinheiro por prêmios conquistados no exterior?
A "Veja" adiantou como a blogueira vai ser recebida nos arraiais das forças conservadoras da mídia de mercado. Figuras marcadas serão escaladas para dar as boas vindas. Alô Jabor, alô Merval. alô William Waack!
Yoáni Sanchez já começou mentindo ao afirmar, em uma de suas entrevistas antes de viajar, que tem o apoio de cubanos residentes no Brasil. A única entidade representativa dos cubanos aqui, a "Associação de Cubanos Residentes no Brasil" (Ancreb), manifestou seu repúdio à presença dessa senhora que tem como missão criticar o regime socialista cubano.
A blogueira, em suma, é uma farsa e só existe porque conta com o apoio em todos os níveis de governos, entidades e figuras marcadas por uma linha ideológica que quer manter a todo custo o mundo sob o domínio de forças econômicas perniciosas à maioria da população mundial.
Não é preciso nenhuma bola de cristal para prever que os telejornais das "Organizações Globo" serão acionados para dar as boas-vindas à senhora blogueira, recém-contratada pela "Sociedade Interamericana de Imprensa" (SIP) como vice-presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa em Cuba. Vale também a seguinte pergunta: quanto ela vai receber em espécie pelo cargo?
A "Veja" e seus seguidores na mídia de mercado não se conformam com o contraponto. Informam o que consideram as suas verdades, mas quando questionados inventam histórias do tipo dossiê da embaixada cubana.
Ah, sim, não será nenhuma surpresa se Yoani Sãnchez for convocada pela SIP para participar de debates com o objetivo de atacar governos de países como a Argentina, onde foi aprovado pelo Congresso, depois de anos de discussão pelos movimentos sociais, legislação sobre os meios de comunicação. Uma legislação democrática e que é combatida com muita violência pelo patronato midiático vinculado a SIP.”
FONTE: escrito por Mário Augusto Jakobskind, no blog “Direto da Redação”. O autor é espondente no Brasil do semanário uruguaio "Brecha". Foi colaborador do "Pasquim", repórter da "Folha de São Paulo" e editor internacional da "Tribuna da Imprensa". Integra o Conselho Editorial do seminário "Brasil de Fato". É autor, entre outros livros, de "América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE". Artigo publicado no site "Direto da Redação"
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