sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

POLÍTICA - A sucessão presidencial de 2014 em marcha.


A sucessão presidencial de 2014 em marcha


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José Serra e Aécio Neves
Leio que no PSDB, ainda que seja muito cedo, começa a bater o desespero em relação à eleição presidencial de 2014. Cresce o número de tucanos preocupados com a demora do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em assumir a candidatura ao Palácio do Planalto no ano que vem. O temor do tucanato é que, se ele não assumir até a convenção do partido em maio próximo, haja uma debandada do PSDB para outros partidos, especialmente  o PSB.

O PSB, contam os tucanos amedrontados, tem assediado muito o PSDB de São Paulo e de Pernambuco. Nos dois Estados e em outros, cresce o número de membros do PSDB que pensam em sair - e não só para o PSB - por espírito de sobrevivência e pela falta de perspectiva de poder no partido em que estão.

Já o senador Aécio entende que para confirmar a candidatura precisa se acertar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e com o ex-governador José Serra, ambos presidenciáveis derrotados em eleições anteriores  - Serra em 2002 e 2010, Alckmin em 2006. Mas um dos problemas de Aécio é que o governador paulista alimenta dois jogos: sua candidatura à reeleição e uma eventual candidatura, de novo, ao Planalto.

Situação decorre da incapacidade dos adversários fazerem oposição


Por isso há tucano responsabilizando Alckmin e Serra pela paralisação do partido num momento crucial para afirmação de candidatura presidencial da oposição. Asssim, uma combinação formada por demora para articular e confirmar a candidatura Aécio, insatisfações crescentes e falta de perspectiva de poder pode resultar em um PSDB ainda mais desunido e menor para enfrentar as eleições do ano que vem, teme o tucanato.

O problema dos tucanos é que eles não têm unidade, direção e programa. Eles, sim, se parecem mais ao PMDB, um partido com lideranças regionais, mas sem o voto e o peso parlamentar que o PMDB tem, e sem lideranças que, apesar das divergências (no PMDB), unem-se para participar de alianças e de governos.

Não há acordo sobre a candidatura Aécio Neves. Por razões diversas, não há acordo entre eles, pelo menos com José Serra e Geraldo Alckmin. E sem São Paulo não há como vencer uma eleição nacional, o que já está difícil frente ao quadro de candidaturas.

Mas, no fundo, a dificuldade em decidir é fruto do artificialismo da antecipação forçada da sucessão pela oposição - incapaz de fazer oposição, primeiro passo para a construção de uma candidatura presidencial. Isso vale para o tucanato, para a presidenciável Marina Silva e principalmente para Aécio Neves, um fracasso no Senado.
Fonte: Blog do Zé Dirceu

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