Ahmadinejad é criticado no Irã por ter abraçado mãe de Chávez
Uma foto do abraço emocionado do presidente do Irã, Mahmoud
Ahmadinejad, na mãe do líder bolivariano Hugo Chávez,
morto na terça-feira, está causando revolta dentro da república islâmica. A cena
ocorreu na sexta-feira, durante o velório de Chávez, quando
Ahmadinejad tocou a septuagenária Elena Frias de
Chávez com as mãos e o rosto, e em seguida deu um beijo no caixão do
presidente venezuelano.
A informação é publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-03-2013.
Políticos conservadores de Teerã afirmaram que o contato com a mãe de Chávez era uma afronta ao Islã - um "haram", segundo a terminologia corânica. Mohammad Taghi Rahbar, que conduz as rezas às sextas-feiras na segunda maior cidade do Irã, Isfahan, afirmou à agência de notícias Mehr que o presidente "perdeu o controle". "Cumprimentar com as mãos uma não-mahdran (mulher que não é da família), sob qualquer circunstância, seja ela velha ou jovem, não é permitido. Abraçar ou expressar emoções é impróprio para a dignidade do presidente de um país como a República Islâmica do Irã."
Mohammad Dehghan, integrante do Parlamento (Majlis), disse que o abraço de Ahmadinejad expõe a "corrente deturpada" - termo usado pelo líder supremo, Ali Khamenei, para criticar o presidente e seus aliados.
Ahmadinejad é acusado por opositores de tentar diluir os valores islâmicos do Irã, fomentando uma linguagem nacionalista, saudosa do império persa. Depois de dizer na semana passada que Chávez "ressuscitaria ao lado de Jesus", o presidente escutou do aiatolá Ahmad Khatami: "Ele foi longe demais. Poderia ter enviado uma mensagem diplomática".
A informação é publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-03-2013.
Políticos conservadores de Teerã afirmaram que o contato com a mãe de Chávez era uma afronta ao Islã - um "haram", segundo a terminologia corânica. Mohammad Taghi Rahbar, que conduz as rezas às sextas-feiras na segunda maior cidade do Irã, Isfahan, afirmou à agência de notícias Mehr que o presidente "perdeu o controle". "Cumprimentar com as mãos uma não-mahdran (mulher que não é da família), sob qualquer circunstância, seja ela velha ou jovem, não é permitido. Abraçar ou expressar emoções é impróprio para a dignidade do presidente de um país como a República Islâmica do Irã."
Mohammad Dehghan, integrante do Parlamento (Majlis), disse que o abraço de Ahmadinejad expõe a "corrente deturpada" - termo usado pelo líder supremo, Ali Khamenei, para criticar o presidente e seus aliados.
Ahmadinejad é acusado por opositores de tentar diluir os valores islâmicos do Irã, fomentando uma linguagem nacionalista, saudosa do império persa. Depois de dizer na semana passada que Chávez "ressuscitaria ao lado de Jesus", o presidente escutou do aiatolá Ahmad Khatami: "Ele foi longe demais. Poderia ter enviado uma mensagem diplomática".
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