‘Organização criminosa’ na Petrobras, o tragicômico no circo montado contra a estatal
Poucas vezes antes se viu tanta irresponsabilidade no jornalismo, principalmente no feito pelos grandes jornalões, como esse destaque que dão hoje à história de que a Polícia Federal (PF) aponta a existência de uma “organização criminosa” na Petrobras. Vocês leram essas reportagens?Leiam. Vão constatar que os textos todos dos jornalões se fundamentam em um ofício de um delegado da PF que, por sua vez, para sustentar a afirmação que faz baseia-se no noticiário da imprensa. Sustenta o que diz e acusa em hipóteses que têm sido levantadas pelos que comandam, alimentam e mantém essa incessante tentativa de destruir nossa maior empresa, a Petrobras.
“Como é de conhecimento público, a citada refinaria teria sido comprada por valores vultosos, em dissonância com o mercado internacional, o que reforça a possibilidade de desvio de parte dos recursos pelos pagamentos de ‘propinas’ e abastecimento financeiro de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro”, diz o delegado no tal ofício. Prestem atenção no condicional “teria sido comprada…”
Assim, o delegado transforma trechos do ofício em acusação e notícia contra a estatal, gratuitamente, sem nenhuma prova, sem nenhum dado, sequer indício mais consistente do que afirma, além do claro e óbvio objetivo de repetir e estampar o que a mídia diz. E esta reproduzindo, por sua vez, acusações feitas pelos detratores da estatal, tão inconsistentes quanto as alinhadas pelo delegado.
Ou seja, temos aqui, neste episódio de hoje, mais uma demonstração de que a mídia – não se pode esquecer que em parceria com a oposição – decidiu que a operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos foi irregular e, com base nisso, a polícia faz suas ilações e, em caráter preliminar, decide apurar. E assim, sucessivamente. Mas, pronto, conseguem o que querem, a questão vira notícia de qualquer jeito no vale tudo deles e assim sustenta-se o circo e o círculo vicioso da retroalimentação do festival de acusações contra a Petrobras.
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