quinta-feira, 22 de maio de 2014

FUTEBOL - Corrente para trás.


Corrente pra trás
Rosa Pena

Há uma corrente que torce para que tudo dê errado na Copa do Mundo no Brasil. Não é grande, mas é rumorosa e tem momentos  em que se dá bem, no intento de queimar o filme do evento.Talvez o confuso ano de 2013 tenha levado a essa tardia tomada de consciência (quando o Brasil disputou para sediar, torceram pra cacete para ganharmos) que o dinheiro gasto na copa seria mais bem utilizado em hospitais, escolas etc. E o dinheiro gasto no sambódromo que só é usado uma vez por ano? Daria ótimas escolas. E o dinheiro gasto... E o dinheiro gasto...E o dinheiro gasto...

Os protestos misturaram críticos mascarados e descarados. 

Os mascarados pegaram carona e depois de cheirar cocaína, saíram quebrando e botando fogo para roubar grana pro Crack. Os descarados ficaram de longe, noticiando o que não viam e nem ouviam; dando importância aos vagabundos; fingiram dublar o eco dos gritos do povo, enquanto essa galera gritava - mãos ao alto- pra poder assaltar mais,  hostilizar as emissoras, os jornais, as revistas e até as pobres bancas que vendem os papéis "marrons".

Fato é que um sentimento perverso tomou conta de parte dos brasileiros. Não querem falar de jogo. Querem saber se o Brasil irá funcionar e quando e onde será o quebra pau durante a competição, torcendo para que o seu país, que é o nosso país, pague um mico mundial. Que vença o baixo astral?

Ano passado (2013) afirmaram entre outras coisas que estávamos à beira de um enorme apagão. Que não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações. O apagão não veio. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações foram entregues. 

Em 2009 e 2010, os nefastos afirmaram  que o Brasil não estava preparado para enfrentar as gripes aviária e suína. Segundo os especialistas em “desgraças”, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Morreriam muitos. Não parece com o discurso de agora? Ah! Não houve epidemia alguma. 

Os videntes do pânico não se dão por vencidos. Eles são muito, mas muito chatos mesmo. Quando suas profecias furadas não acontecem, eles trocam de praga. A copa virou as águas de março." É pau, é pedra é o fim do caminho.” E o pior que há muita gente boa que perde seu tempo e sua paciência acreditando no fim  novamente. Mãe Dináh morreu e não disse que o Brasil sairia do mapa com uma bola rolando pelai. 

Enquanto isso o Sarney arrebanha o que resta do Maranhão. Mas isso não importa aos arruaceiros do dia a dia. O negócio é brigar sem nem saber por quê. Mas quem está promovendo a aversão pela "copa do mundo é nossa" sabe o por quê.

Eu aqui torço e muito. Viva o Brasil. Que ele seja campeão. Hexa em 2014. 

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Rosa Pena, escritora carioca, crônicas, contos e poesia, colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz

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