Por David Edwards
Na Conferência Internacional de Jornalismo de Investigação (Global Investigative Journalism Conference) em Genebra, o jornalista Seymour Hersh criticou o presidente Barack Obama e alegou que as forças dos Estados Unidos estão envolvidas em "execuções no campo de batalha."
"Digo-lhe já que uma das maiores tragédias do meu país é que o senhor Obama está olhando para o lado contrário, porque coisas igualmente horríveis estão acontecendo aos prisioneiros que nós capturamos no Afganistão," disse Hersh. "Eles estão sendo executados no campo de batalha. Há coisas inacreditáveis que não são necessariamente reportadas. Há coisas que não mudam."
"O que estão fazendo no terreno é dizer aos soldados que têm que determinar num prazo de um ou dois dias se os prisioneiros que tem são ou não sou talibãs", acrescentou Hersh. "Eles têm que extrair qualquer informações táticas possíveis, em oposição à estratégia, informações de longo alcance, imediatamente. E se não puderem concluir que são talibãs, eles têm que ser libertados.
"O que isso significa, e cinco ou seis pessoas já me disseram isto ironicamente, é que estão acontecendo execuções no campo de batalha," continua. "Bem, se eles não conseguem provar que são talibãs, "bam". Se não formos nós que fizemos, entregamo-los às tropas afegãs mais próximas e quando nos afastarmos um metro a balas começam a voar. E isso está a acontecer agora."
Hersh tem uma longa história no jornalismo de investigação e trabalhou durante muitos anos no "New York Times". Em 1969, deu a notícia do massacre de "My Lai" no Vietnã.
Com informações do Esquerda.net. Tradução de André Costa Pina e Noémia Oliveira
David Edwards
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