Ao assitir agora há pouco na Globonews o primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu visitando militares supostamente feridos no ataque que realizaram à flotilha humanitária, recordei-me de Peter Botha, um dos maiores assassinos do regime do apartheid.
E passei a ter mais certeza de que a ação de Israel contra a flotilha de ação humanitária em águas internacionais não está recebendo reação proporcional ao tamanho do crime cometido. Principalmente pelo governo dos EUA e pelos principais governos da comunidade européia.
Não é hora de pedir investigação. É o momento de impor duras sanções a Israel pelos crimes de lesa humanidade que tem praticado.
O que Israel tem feito contra palestinos muito se assemelha ao apartheid na África do Sul. No país sede da Copa também havia controle de entrada e saída de negros nos territórios ocupados por brancos. Da mesma forma que acontece hoje na Faixa de Gaza e nos territórios palestinos. Onde milhares de pessoas ficam confinadas e não podem sair mesmo necessitando de socorro médico. O que motivou a flotilha de ação humanitária.
O governo de Israel, aliás, utiliza método muito semelhante ao dos racistas do apartheid também em relação à divisão do território. Israel permite aos palestinos viver em algo como os bantustões. Na África do Sul os bantustões da África do Sul não tinham relação um com outro, eram ilhotas. Como também o são os territórios palestinos.
É importante registrar que para que o apartheid terminasse foi importantíssima a condenação de toda a comunidade internacional ao regime racista. Mais do que isso, foi fundamental que essa condenação resultasse em um bloqueio comercial em que até investidores foram constrangidos a não aportar recursos em empresas da África do Sul ou em companhias que fizessem negócios com aquele governo.
Também não é demais lembrar que até a restrição a participação de equipes esportivas da África do Sul em competições internacionais contribuiu para o fim do apartheid.
No momento em que todos os olhares do mundo se dirigem à África do Sul por conta da Copa do Mundo é o momento de lembrar que os palestinos de hoje são os negros que viveram de 1948 a 1994 no país de Mandela.
E que as medidas contra o goveno Israel precisam ser da dimensão das que foram contra Peter Botha e outros gangsters do apartheid.
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
TERRORISMO DE ESTADO - um novo apartheid.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário