Carlos Chagas
A presidente Dilma mandou, o ministro Aldo Rebelo aplaudiu e cumpriu, e o secretário-geral da FIFA, Jerôme Valcke, se desembarcar no Brasil esta semana ou na próxima, será como turista. Jamais como interlocutor da entidade internacional para vistoriar obras destinadas a abrigar a Copa do Mundo de Futebol, desde estádios em construção a avenidas, transportes coletivos, hotelaria e demais setores ligados ao certame.
As referências do gringo aos preparativos que nos cabem foram consideradas impertinentes, descabidas e impróprias. Esse comportamento de M. Valcke terá reflexos na votação da Lei da Copa, pela Câmara dos Deputados, nos próximos dias. Certas exigências descabidas da FIFA serão desconsideradas, como a obrigação do governo brasileiro de proibir greves nas capitais onde os jogos se realizarão, a venda apenas da cerveja patrocinadora, nos estádios, e a proibição da exposição de produtos concorrentes no comércio próximo dos locais das partidas. Seriam inconstitucionais, essas e outras imposições.
A pergunta que se faz é sobre que reação terá o presidente Joseph Blatter. Dará razão ao secretário-geral, para quem precisaríamos levar um chute no traseiro para apressar a votação da nova lei e a conclusão das obras? Ameaçará retirar do Brasil a realização da Copa?
A FIFA tem muito mais a perder com qualquer mudança drástica, depois de haver perdido a compostura e, certamente, alguns contratos polpudos que irrigariam seus cofres, sem referir a conta bancária de seus dirigentes. O que importa, agora, é o governo manter a firmeza. Não recuar da necessária reação da presidente Dilma e do ministro do Esporte.
Fonte: Tribuna da Internet
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