Sabino se foi, sem nunca ter sido.
Por Olimpio Cruz
EX-REDATOR CHEFE DA REVISTA VEJA NÃO DURA DOIS MESES NO CARGO DE VICE PRESIDENTE DE RELAÇÕES COM O GOVERNO DA EMPRESA DE JOÃO RODARTE (À DIR.); SAÍDA CONFIRMA 247, QUE ALERTOU O DESASTRE POLÍTICO QUE A CONTRATAÇÃO IRIA ACARRETAR; LEIA E RELEMBRE
247 – Não durou seis semanas a presença do ex-redator chefe da revista Veja Mario Sabino pelo cargo de vice-presidente para o Setor Público da Companhia de Notícias, uma das maiores agências de assessoria de imprensa e relações públicas do País. A dificuldade na convivência de Sabino com os interesses corporativos da CDN, como a empresa é conhecida, fora adiantada por 247 no texto que pode ser lido aqui, publicado em janeiro. Alertávamos que, na qualidade de principal desafeto dos governos Lula e Dilma Rousseff – e sem amigos na imprensa --, Sabino acarretaria à CDN um peso político negativo difícil de ser carregado pelo presidente da empresa, João Rodarte, e todos os seus colaboradores. Foi o que aconteceu, e com uma brevidade que só confirma o vaticíneo.
A CDN confirmou ao 247 a informação sobre a saída abrupta de Sabino, que havia sido saudado pelo próprio Rodarte, na data de sua entrada, menos de seis semanas atrás, repita-se, como a principal contratação da organização nos últimos tempos.
Jornalista sem ambiente de convívio na imprensa, onde coleciona desafetos e exibe apenas um amigo – o colunista Reinaldo Azevedo, da mesma Veja de onde foi defenestrado em dezembro --, Sabino, diz uma versão, abrirá sua própria empresa. Na CDN, porém, o que se informa é que ele aceitou um convite de trabalho anterior ao da própria CDN. Nesse caso, não se sabe porque, afinal, ele aceitara um cargo tão importante na CDN, com alto salário, para em seguida abandoná-lo. Houve um leilão?
Uma terceria versão, ventilada com força, dá conta, sim, da demissão pura e simples de Sabino, feita pelo comando da CDN em razão de trapalhadas cometidas por ele na coordenação da conta de assessoria de imprensa do Banco do Brasil. Para quem comandou, em Veja, uma reportagem que terminou numa delegacia de polícia, com o repórter suspeito de invasão de domicílio, também é plausível. Bem plausível.
Em meio a todas as obscuridades que cercam a carreira e as saidas de Sabino, o que fica claro é:
1 – O fim da carreira na CDN, agora, é a confirmação de que ele também fora demitido de Veja – e não pedira a própria saída, como tentou-se vender à mídia;
2 – Ele também foi exonerado da CDN, como fica claro pelo choque de versões entre aceitar um convite e abrir seu próprio negócio;
3 – À exceção do blogueiro de direita Azevedo, Sabino não tem interlocutores na imprensa, o que o impede de fazer o trabalho de relacionamento entre fontes e jornalistas, especialidade da CDN;
4 – Sua ausência da empresa de comunicação preencherá uma ampla lacuna;
5 – 247, como diz o ditado, na qualidade de amigo da CDN tentou avisar.
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