Collor e Veja: cenas de amor e ódio
Por Altamiro Borges
Fernando Collor de Mello foi eleito presidente da República em 1989 com o apoio "embasbacado" de Bob Civita. No vídeo acima, o capo da Veja se jacta de ter fabricado a imagem do "caçador de marajás". Ele era encarado pela revista como o único candidato capaz de derrotar o líder operário Luiz Inácio Lula da Silva. Civita explicita que a Veja fez a campanha para o ex-governador de Alagoas e que apoiou, de forma entusiástica, as primeiras medidas neoliberais de Collor de desmonte do estado, da nação e do trabalho.
Pouco meses depois, foram descobertas várias maracutaias no governo federal. Os jovens "cara-pintadas" saíram às ruas exigindo o "Fora Collor". Temendo que a sua queda também fizesse naufragar o projeto neoliberal, a revista Veja teve papel de destaque na campanha pelo impeachment de Collor. Segundo o grosso da mídia, a questão era "ética" e não política. A derrubada de Collor não poderia paralisar o projeto de desmonte neoliberal iniciado por ele. Coube a FHC dar continuidade ao projeto, também com o apoio "embasbacado" da revista Veja!
Nesta semana, Collor de Mello fez um contundente discurso na tribuna do Congresso Nacional propondo a convocação de Bob Civita e de Policarpo Jr, serviçal da Veja, para depor na CPI do Cachoeira. Vale a pena conferir no vídeo abaixo. Tirando o trecho em que faz a defesa do seu mandato, as críticas à revista são irrefutáveis. A vingança de Collor é maligna!
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