Militares envolvidos no caso Rubens Paiva precisam ser intimados e depor já
Concordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quanto à importância e o fato de serem "absolutamente reveladores" os novos documentos obtidos pela Comissão Nacional da Verdade no Arquivo Nacional, que esclareceram as circunstâncias da prisão e do assassinato do ex-deputado Rubens Paiva nos porões do DOI-CODI-Rio, provavelmente no dia 22 de janeiro de 1971, um dia após ele ser levado de casa por agentes do CISA, o órgão de inteligência da Aeronáutica.
O ministro referia-se aos documentos inéditos incluídos no relatório divulgado no início desta semana por Cláudio Fonteles, coordenador da Comissão até o próximo dia 16, quando será substituído por Paulo Sérgio Pinheiro. Referia-se, também, aos papéis encontrados na casa do coronel reformado do Exército, Júlio Miguel Molinas Dias, assassinado em novembro de 2012 em Porto Alegre: um termo de entrega pelo DOI-CODI do carro e de documentos pessoais assinado pelo ex-deputado.
São estes documentos que levaram Cláudio Fonteles à conclusão: é possível afirmar "categoricamente" que Rubens Paiva foi morto no DOI-CODI do Exército no Rio provavelmente dia 22 de janeiro de 1971.
Comissão da Verdade mostrou sua importância
"Quando foi lançada a Comissão da Verdade, havia algumas pessoas céticas de que ela pudesse apresentar algum resultado e até quem dizia que era uma Comissão que não acrescentaria nada do ponto de vista de fatos que já estavam sacramentados", disse Cardozo, ao destacar a importância dos documentos agora encontrados e dos nove primeiros meses de trabalho da Comissão.
"Esse fato (as novas informações sobre Rubens Paiva) - concluiu o ministro - mostra que a Comissão foi bem-vinda, foi uma iniciativa importante tomada pelo governo federal e aprovada por unanimidade no Congresso Nacional. Os brasileiros não podem conviver com uma sombra na sua história. A luz do sol é muito importante para esclarecer fatos, até para que eles não se repitam."
Fonteles colocou em seu relatório que Rubens Paiva foi morto sob tortura por três agentes do Exército nos porões do DOI-Codi. Um já estaria morto e outros dois devem ser convocados para depor. Além desses dois vivos, o jornalista Elio Gaspari registrou em sua coluna jornalística na última 4ª feira que há outros oito militares identificados envolvidos no caso Rubens Paiva (um deles, major à época, 1971, e agora general reformado) em condições de serem intimados a depor.
"E quem mandou? Quem era o comandante?"
Mãos à obra, portanto, vamos intimá-los, convocá-los a depor já. Que estes implicados na morte de Rubens Paiva e todos os demais envolvidos em crimes durante a ditadura e já descobertos sejam todos convocados a depor. E em audiência pública, para que a sociedade possa acompanhar seus depoimentos e julgá-los.
O ministro referia-se aos documentos inéditos incluídos no relatório divulgado no início desta semana por Cláudio Fonteles, coordenador da Comissão até o próximo dia 16, quando será substituído por Paulo Sérgio Pinheiro. Referia-se, também, aos papéis encontrados na casa do coronel reformado do Exército, Júlio Miguel Molinas Dias, assassinado em novembro de 2012 em Porto Alegre: um termo de entrega pelo DOI-CODI do carro e de documentos pessoais assinado pelo ex-deputado.
São estes documentos que levaram Cláudio Fonteles à conclusão: é possível afirmar "categoricamente" que Rubens Paiva foi morto no DOI-CODI do Exército no Rio provavelmente dia 22 de janeiro de 1971.
Comissão da Verdade mostrou sua importância
"Quando foi lançada a Comissão da Verdade, havia algumas pessoas céticas de que ela pudesse apresentar algum resultado e até quem dizia que era uma Comissão que não acrescentaria nada do ponto de vista de fatos que já estavam sacramentados", disse Cardozo, ao destacar a importância dos documentos agora encontrados e dos nove primeiros meses de trabalho da Comissão.
"Esse fato (as novas informações sobre Rubens Paiva) - concluiu o ministro - mostra que a Comissão foi bem-vinda, foi uma iniciativa importante tomada pelo governo federal e aprovada por unanimidade no Congresso Nacional. Os brasileiros não podem conviver com uma sombra na sua história. A luz do sol é muito importante para esclarecer fatos, até para que eles não se repitam."
Fonteles colocou em seu relatório que Rubens Paiva foi morto sob tortura por três agentes do Exército nos porões do DOI-Codi. Um já estaria morto e outros dois devem ser convocados para depor. Além desses dois vivos, o jornalista Elio Gaspari registrou em sua coluna jornalística na última 4ª feira que há outros oito militares identificados envolvidos no caso Rubens Paiva (um deles, major à época, 1971, e agora general reformado) em condições de serem intimados a depor.
"E quem mandou? Quem era o comandante?"
Mãos à obra, portanto, vamos intimá-los, convocá-los a depor já. Que estes implicados na morte de Rubens Paiva e todos os demais envolvidos em crimes durante a ditadura e já descobertos sejam todos convocados a depor. E em audiência pública, para que a sociedade possa acompanhar seus depoimentos e julgá-los.
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