Os Estados Unidos estão preocupados com o crescimento da crise dos empréstimos estudantis, operação que movimenta cerca de um trilhão de dólares no país.
Uma pesquisa realizada pela consultoria FICO mostra que estudantes que pegaram empréstimo representam hoje um risco muito maior de inadimplência do que aqueles que pegaram empréstimo há alguns anos. Além disso, o aumento do montante da dívida que os recém-formandos carregam agrava ainda mais a situação.
De acordo com a pesquisa, a taxa de inadimplência de empréstimos estudantis originados entre 2010 e 2012 aumentou em 22% em relação aos empréstimos originados entre 2005 e 2007. O valor médio da dívida dos empréstimos também vem crescendo rapidamente. Em 2005, o valor médio da dívida era de U$ 17. 233. Em sete anos esse valor subiu para U$ 27.253, um aumento de 58%.
A crise dos empréstimos estudantis já representa quase o dobro da crise dos empréstimos imobiliários.
Desemprego entre jovens aumenta a inadimplência
A taxa de desemprego nos Estados Unidos permanece alta, especialmente entre os jovens.
Uma pesquisa feita pela consultoria TransUnion aponta que mais da metade dos empréstimos estudantis estão sendo prorrogados, permitindo aos estudantes realizar o pagamento posteriormente. O problema é que, após o prazo de prorrogação (geralmente três anos), jovens recém-formados se deparam com um mercado de trabalho desanimador.
“As taxas de desemprego e subemprego entre recém formados – pessoas com menos de 25 anos – estão em cerca de 50%, maior patamar em mais de uma década”, diz Ezra Becker, vice-presidente da TransUnion.
Contudo, Becke não acredita que a crise dos empréstimos estudantis leve o país a uma catástrofe econômica, como fez a crise imobiliária. Segundo Becker, a dívida estudantil representa um segmento muito menor da economia do que a dívida hipotecária.
Fonte: Opinião e Notícia
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