A hegemonia econômica já pertence à China
Desde 2011, as empresas chinesas investiram mais de 20.000 milhões de dólares na União Europeia o que supera duas vezes seu fluxo financeiro para os Estados Unidos, indica um relatório apresentado por um grupo de analistas independentes.
Essa tendência acontece em meio às recentes tensões entre Washington e Pequim no âmbito da ciberdefesa. Em fevereiro passado, o governo de Obama desatou uma luta contra os ataques informáticos que, supostamente, provém do país asiático.
O professor de política econômica Gregorio López Sanz qualifica a atual supremacia econômica da China de forte golpe à hegemonia dos Estados Unidos.
O especialista constata que a China acumula divisas em quantidades astronômicas e a Europa, com a crise, apresenta significativas oportunidades de negócio para a economia chinesa, "sobretudo àquelas empresas ligadas a setores estratégicos como a energia, as finanças”.
"Logicamente também no âmbito da geopolítica internacional, nesse caso, os EUA é o ‘inimigo a bater’ em termos econômicos e de hegemonia”, diz o especialista.
Segundo López Sanz, A China vai aumentando suas posições. Tanto na Europa como na América Latina e na África já fazem parte de toda essa "partida de xadrez”.
"Isso nos demonstra uma vez mais que a hegemonia dos Estados Unidos, que, após a queda do Muro de Berlin, parecia incontestável e que ia continuar crescendo, pois isso não é assim”.
"Evidentemente, nos encontramos em um mundo multipolar onde as diferentes regiões econômicas e políticas do planeta jogam seu papel e, portanto, isso é uma mostra mais de que a China hoje é o verdadeiro gigante econômico que impõe suas condições a boa parte do planeta e, portanto, apesar de que a hegemonia militar ainda pode estar em mãos dos EUA, a hegemonia econômica não cabe dúvida de que já está produzindo um importante giro, nesse caso, a favor da China, que está penetrando de maneira significativa em todos os continentes”.
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