30 chefes de Estado e mais de 50 delegações internacionais presentes na cerimonia simbólica desta 6ª feira em homenagem a Chávez
LIÇÕES DE UM LUTO VERMELHO
O povo venezuelano escreve a sua história com o luto vermelho que hipnotiza os olhos do mundo há mais de 72 horas. A comoção popular em todo o país questiona a mídia e dá a Chávez a dimensão política transformadora que o conservadorismo nunca lhe conferiu. A própria esquerda, uma parte dela, foi colonizada em alguma medida, neste caso, pelo preconceito que sempre criticou. Quando Chávez desaparece, o buraco mostra que era maior do que se imaginava. A auto-crítica não o penitencia dos defeitos e erros. A ausência de um legado institucional, na forma de um partido enraizado, com forte capilaridade popular, capaz de assegurar o comando do processo venezuelano quando o tempo enxugar as lágrimas e as ruas, é um exemplo. Mas ele não sanciona expectativas nutridas por alguns, que só enxergam o movimento da história quando protagonizado por partidos perfeitos, um povo culto e engajado e lideranças saídas de uma biblioteca marxista. Ou seja, a revolução onde ela não é necessária. Esse enredo está em falta no mercado do século 21. Talvez nunca tenha existido, de fato. Mas a miséria e a desolação que o justificariam continua em vigor nos grandes aglomerados urbanos e na solidão rural da América Latina. Seus protagonistas enxergam antes do olhar refinado as brechas para romper o calabouço da exclusão. Cabe entender o potencial dessas irrupções. E contribuir com o debate que possa adicionar um passo adiante ao vigor do que se assiste nas ruas de Caracas nestes dias. Filas de até nove horas de espera no adeus ao líder bolivariano obrigam o governo a adiar o sepultamento marcado para esta 6ª feira. As fotos publicadas por Carta Maior, abaixo, falam mais que mil palavras. Sobretudo, dão voz a um sentimento e a um ímpeto trasformador que o jornalismo dominante negou e ocultou até hoje. Agora não consegue mais esconder. Nem explicar.
Homenagens a Chávez: imagens que falam por si
O legado de Chávez
A América do Sul após Hugo Chávez
Em
depoimento sobre o líder venezuelano recém falecido, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva afirma que "a história registrará, com
justiça, o papel que ele desempenhou na integração latino-americana e
sul-americana, e a importância de seu governo para o povo pobre de seu
país".
> LEIA MAIS | Política | 07/03/2013
• Leia o especial 'O Chavismo além de Chávez'
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'Fui testemunha do esforço de Chávez para diversificar economia'
Em entrevista à Carta Maior, o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, fala sobre sua convivência com Hugo Chávez, iniciada em 2003, quando assumiu o posto de chanceler do governo Lula. Nesse período marcado por episódios turbulentos, como os que levaram à criação do Grupo de Amigos da Venezuela, a Unasul saiu do papel e o país de Chávez aderiu ao Mercosul. Por Marcel Gomes
> LEIA MAIS | Internacional | 06/03/2013
Em entrevista à Carta Maior, o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, fala sobre sua convivência com Hugo Chávez, iniciada em 2003, quando assumiu o posto de chanceler do governo Lula. Nesse período marcado por episódios turbulentos, como os que levaram à criação do Grupo de Amigos da Venezuela, a Unasul saiu do papel e o país de Chávez aderiu ao Mercosul. Por Marcel Gomes
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Chávez quis Nicolás Maduro como sucessor. Mas nada garante que os outros nomes mais próximos tenham aceito a escolha sem ressentimentos. O que fará Diosdado Cabello, presidente da Assembléia Nacional? E Elias Jaua, chavista radical? E Francisco Arias Cárdenas, influente entre os novos governadores? E o físico Adán Chávez, irmão mais velho do presidente morto e seu principal mentor ideológico? A análise é de Eric Nepomuceno
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