Boa notícia: 38% do consumo estão nas cidades do interior
Vamos começar nossa nota aqui citando uma frase que se encontra hoje, no finalzinho da matéria da Folha de S. Paulo, a afirmação do economista Alexandre Rands Barros de que as desigualdades regionais do país “começam a se diluir” e que a “educação é que tem feito mais diferença”.
O economista se refere à pesquisa do Data Popular para o SEBRAE dados e índices importantes para refletirmos sobre as transformações pelas quais passou o nosso país nos últimos anos, dentre os quais o de que 38% do total de consumo no país, hoje, se espalha pelo interior, num montante equivalente a R$ 827 bi. As capitais e regiões metropolitanas foram responsáveis por R$ 1,3 tri dessa massa de dinheiro.
Vejam no que pretendem investir os moradores desses municípios grandes consumidores do interior (94,3 milhões de pessoas): 59% pretendem comprar uma moto; 44% uma TV de plasma ou LED; 41% um notebook e 30% um tablet.
E mais: 43% dos habitantes do interior querem conhecer mais o Brasil e fazer uma viagem nacional. Já 48% pretendem fazer um curso profissionalizante e 31% uma universidade. O estudo aponta o peso da economia privada nessas regiões: 41% dos Microempreendedores individuais vivem no interior, ou seja, 44% das micro e pequenas empresas que se utilizam do sistema Simples.
Entenda-se “interior”, 4.619 cidades – 4.000 com até 50 mil habitantes; e apenas 0,3% com mais de 200 mil. Excluídas, por exemplo, Campinas ou Guarulhos que têm ou se aproximam de 1 milhão de habitantes. O titular deste blog, ex-ministro José Dirceu, vai vibrar com esta notícia quanto tomar conhecimento dela – ele que sempre é um entusiasta da ampliação das potencialidades e dinamismo do nosso mercado interno e da inclusão cada vez maior da população nesse mercado via emprego, salário, renda e, principalmente, expansão da educação.
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