SP e Rio aparecem entre as cidades de alto potencial em ranking mundial
A escola de negócios espanhola Iese lançou seu ranking anual de cidades inteligentes, o Cities in Motion, um estudo que englobou 135 cidades de 55 países
Douglas Portari (*)
Há algumas semanas, a insuspeita escola de negócios espanhola Iese lançou seu ranking anual de “cidades inteligentes”, o Cities in Motion, um estudo que englobou 135 cidades de 55 países, sendo 49 capitais. A pesquisa é feita com base em 50 indicadores de dez áreas-chaves: governança, gestão pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, projeção internacional, coesão social, mobilidade e transporte, capital humano e economia.
Das 20 primeiras colocadas, dez são da Europa, seis são norte-americanas, três são asiáticas e uma é da Oceania, ficando Tóquio com o primeiro lugar. A América Latina, claro, surge na rabeira. Até aí, nenhuma surpresa, dirão. Porém, oito cidades latino-americanas – São Paulo e Rio de Janeiro entre elas – são listadas como de “alto potencial” entre aquelas que marcam tendência.
Cidades brasileiras
O Brasil entra no ranking com nove cidades. Para efeito comparativo, tanto entre seus vizinhos como com outros integrantes do BRICS: a China conta com dez; África do Sul, quatro; Rússia, duas; a Índia não teve nenhuma cidade ranqueada; Argentina, três; Colômbia, três; Chile, uma. O México tem três cidades na lista. Santiago é a cidade latino-americana mais bem posicionada, na 83ª posição. Confira abaixo o posto das cidades brasileiras:
- São Paulo (94)
- Curitiba (97)
- Rio de Janeiro (116)
- Salvador (127)
- Porto Alegre (128)
- Belo Horizonte (129)
- Brasília (131)
- Recife (132)
- Fortaleza (133)
Coincidentemente ou não, as nove são cidades-sede da Copa do Mundo, ou seja, a despeito de seus notórios problemas de infraestrutura, mobilidade, etc, estas praças não são o descalabro que a turma do 'Não Vai Ter Copa' quer fazer crer.
O estudo da Iese destaca que muitas cidades são extremamente avançadas em alguns quesitos, mas falham em outros, e apresenta as seguintes conclusões: é preciso uma visão de conjunto da gestão urbana, as mudanças nas políticas públicas demoram a produzir efeitos, a incidência do contexto nacional, ausência de um modelo único de sucesso e a falta de correlação entre a reputação de algumas cidades e sua realidade.
(*) Publicado originalmente no Blog da Fundação Perseu Abramo.
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