Franklin Martins diz que falta credibilidade a jornais.
Em entrevista ao site "Congresso em Foco", Franklin Martins disse que a imprensa brasileira é partidária, e que tem má vontade com o governo, fazendo "dobradinha" com a oposição. O ministro fez críticas severas aos grandes jornais da velha mídia - chamados por ele de "jornalões" - e afirmou que esses veículos vivem hoje um "seriíssimo problema de credibilidade".
"Um grande número de leitores não acredita mais no que o jornal diz. (...) Muitas vezes os leitores perceberam que havia má vontade com o governo, desproporcional. E havia uma leniência com a oposição", afirmou.
Franklin disse que os jornais distorceram números favoráveis ao governo e vão terminar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "vendendo menos do que vendiam antes".
Regulamentação da Mídia
Ao falar sobre o projeto de regulamentação da mídia que vai encaminhar à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), o ministro disse que a sociedade vai ser a mais prejudicada se ele não sair do papel.
"Há certas obrigações que devem ser contempladas. Isso se faz no mundo inteiro e ninguém nunca achou que é censura", disse Franklin. Entre a propostas, está a criação de uma Agência Nacional de Comunicação, que veículos como a Folha de S. Paulo temem, visto que o setor hoje é livre de qualquer tipo de regulamentação, não sendo capaz de proteger a sociedade de eventuais - hoje constantes - abusos.
O órgão teria poderes para multar empresas que veicularem programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário.
Segundo o ministro, o projeto a ser enviado a Dilma vai incluir "pluralismo, equilíbrio e respeito à privacidade das pessoas". Boa parte das propostas tem base nos debates realizados na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), da qual participaram setores do governo, dos movimentos sociais e de empresas de comunicação, de froma paritária. As principais propostas aprovadas foram consensuais.
Da redação, Luana Bonone, com informações da Folha Online/ Site O Vermelho.
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