quarta-feira, 15 de junho de 2011

ECONOMIA - Contradições do capitalismo.

O drama maior da OCDE: mais de 44 milhões de desempregados

A taxa média de desemprego nos 34 países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, considerada uma espécie de clube dos ricos) foi de 8,1% em abril deste ano. Isto significa nada menos que 44,1 milhões desocupados involuntários, certamente o mais grave problema social do capitalismo contemporâneo.


O rastro da crise econômica mundial, exportada pelos EUA, transparece na comparação com as estatísticas de abril de 2008. Agora, são 13,2 milhões de pessoas a mais vivenciando o drama do desemprego.

Desigualdades

É necessário observar que a média mascara muitas desigualdades. A Europa é o continente mais afetado pelo problema, mas as diferenças entre os países da região também são notáveis. Os países mais frágeis, às voltas com a crise da dívida externa, sofrem mais.

A Espanha é campeã do desemprego aberto, com taxa de 20,7%. Significa que mais de um entre cinco membros da força de trabalho estão desempregadas no país e buscam uma ocupação. Na Grécia, às portas da moratória e sob as garras do FMI, a taxa ultrapassa 16%.

Contradições do capitalismo

Outros países com altas taxas de desocupação são a Hungria (11,6%), Irlanda (14,7%), Portugal (12,6%) e Republica Eslovaca (13,9%). Em média, apesar de elevado, o índice registra um leve recuo em relação a abril do ano passado, quando atingiu 8,2%, o que ocorre pela primeira vez desde o começo da crise. Nos Estados Unidos, Japão, Luxemburgo, México e Eslovênia as taxas cresceram. O dado mais recente de maio mostra que o desemprego nos EUA subiu para 9,1%.

O desemprego em massa é, hoje, a expressão mais dramática da oposição entre o crescimento das forças produtivas e as relações de produção no sistema capitalista, apontada por Karl Marx. A ociosidade forçada e o desperdício da principal componente das forças produtivas (a força de trabalho), consequente das relações de produção e das contradições que acompanham o metabolismo de reprodução do capitalismo, revelam que o sistema não tem mais capacidade de utilizar plenamente as forças produtivas que criou e se transforma em obstáculo ao progresso impondo à classe trabalhadora sacrifícios perversos e inúteis.

Da Redação, Umberto Martins, com agências

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