Marina Silva descobre que o PV não é um partido político, é apenas uma quadrilha que vive às custas do Fundo Partidário.
Carlos Newton
Reportagem de Bernardo Mello Franco, publicada na Folha de hoje, mostra que a ex-senadora Marina Silva deu um ultimato à direção do PV e retomou a ameaça de deixar o partido, caso o presidente José Luiz Penna não aceite abrir mão do cargo, que ocupa há 12 anos.
A ex-presidenciável estuda deixar o PV para ter liberdade de apoiar candidatos de agremiações diversas em 2012. E, mais para a frente, montar uma nova legenda – batizada temporariamente de Partido da Causa Ecológica. Como se sabe, Marina foi candidata à Presidência da República em 2010 pelo PV e, embora não tenha avançado ao segundo turno, conquistou quase 20 milhões de votos, número expressivo para seu partido.
Bem, se Marina Silva acha que José Luiz Penna vai abandonar a presidência do PV, está muito enganada. Trata-se de um músico fracassado, sem emprego fixo. Nos últimos doze anos viveu às custas do PV, que inclusive pagava até as contas de luz, telefone e água da residência dele.
Com apoio de outros diretores, Penna fraudou sucessivas vezes a contabilidade do partido, aplicando os mais diversos golpes, que não passaram despercebidos à Justiça Eleitoral. Apesar disso, estranhamente ele continuou a desfrutar da confiança dos grandes líderes da legenda, como Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis e Aspásia Camargo, por exemplo.
Há alguns anos, quando foram descobertas pelos auditores da Justiça Eleitoral as múltiplas fraudes na contabilidade, vários dirigentes do partido se revoltaram contra José Luiz Penna. Todos foram expulsos, sem direito de defesa. Agora, Marina Silva até ameaça deixar o partido, e efetivamente terá de fazê-lo, porque Penna jamais abandonará a presidência.
Marina Silva descobriu agora que o PV não é um partido político. Na verdade é apenas uma quadrilha, que vive às custas do Fundo Partidário, que é formado pelos impostos dos cidadãos. E quando a Justiça aponta os prejuízos causados à legenda, Penna apenas pede desculpas e repõe o dinheiro, usando outros recursos do Fundo Partidário, o que configura impobridade administrativa. E ninguém toma providências. Ah, Brasil!
Fonte: Tribuna da Imprensa.
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