domingo, 12 de junho de 2011

POLÍTICA - A popularidade de Dilma após o primeiro round.

Por Joaquim Aragão

Todos terão hoje de ter lido esse novo fato político. Portanto, se aqui o posto, é para responder ao LEN, para apontar e reconfirmar uma tendencia interessante na sociedade brasileira: o decrescente poder de persuação dos grandes meios de comunicação.

A ação tão evidentemente manipuladora dos meios já é reconhecida de uma forma geral da população, e esse resultado não pode ser reduzido ao simples chavão "o povo ainda continua acreditar no governo porque não lê os jornais".

Hoje, a população é majoritariamente urbana e é confrontada em cada esquina com banca de jornal pelas manchetes garrafais dos jornais. Ademais, assiste telejornal (que possuem ainda grande audiência). Portanto, a ignorância só subsiste nos estratos reacionários da elite e da classe média.

Assim, o "Dia" de hoje nos dá o beijo matutino com a seguinte notícia sobre a mais recente pesquisa precisamente da Datafolha:



Aprovação de Dilma não sofreu com crise política Segundo pesquisa feita depois da saída de Palocci, 49% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom. Em março, mesmo instituto apontou índice de 47%

Rio - A crise política que levou à saída de Antonio Palocci da Casa Civil, na terça-feira, até afetou a imagem pessoal da presidenta Dilma Rousseff, mas não causou danos à aprovação de seu governo. É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada ontem: 49% de 2.188 brasileiros ouvidos em todo o País consideram seu governo ótimo ou bom — em março, segundo o mesmo instituto, o índice era de 47%.

A consulta foi feita quinta e sexta-feira, em uma semana tumultuada em Brasília. Na terça-feira, depois que Palocci entregou seu cargo, a presidenta anunciou que iria substituí-lo pela agora senadora licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR) em meio a disputas políticas no PT e no aliado PMDB. Na sexta-feira, ainda pressionada pelos dois partidos, desta vez, para tirar Luiz Sérgio do cargo de ministro das Relações Institucionais, Dilma surpreendeu e o trocou de lugar com Ideli Salvatti, que comandava o Ministério da Pesca e Aquicultura.

Com o troca-troca, a presidenta fez exatamente o que pretendia. Mesmo assim, ainda segundo a pesquisa divulgada ontem, a maioria dos brasileiros afirma querer que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva opine nas decisões de Dilma.

Do blog do Luis Nassif

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