A FATURA DA PRIVATIZAÇÃO: ESTRAGOS NO TUCANATO - LIÇÕES PARA O PT
Do “Carta Maior”:
“O tucanato paulista ‘privatizou’ [ou melhor, ‘estrangeirizou’, entregou à norte-americana AES com ajuda do BNDES] a principal empresa fornecedora de energia elétrica do Estado, há 23 anos (hoje “AES Eletropaulo”).
Uma cláusula do contrato previa que os novos donos teriam dez anos para realizar investimentos e agregar mais 15% (400 MW) à capacidade de fornecimento. [Além de não pagarem devidamente ao BNDES, isso não foi feito e] o prazo venceu em 2007.
O governador era José Serra. Ungido pela mídia por supostos atributos de ‘grande gestor', como o nome mais qualificado para suceder o Presidente Lula -opinião diversa da maioria do eleitorado como se viu- Serra não cobrou, não fiscalizou, não tomou nenhuma providência diante da ruptura de contrato num serviço essencial.
As interrupções de energia têm sido cada vez mais frequentes em SP nos últimos anos. Cada vez mais lenta tem se mostrado a normalização do serviço.
Reportagem da “Folha” de sábado -que naturalmente omite o nome do candidato da derrota conservadora em 2010- informa que, após a última pane, na 3ª feira, a retomada do fornecimento demorou 60 horas em alguns locais. O sucessor de Serra e seu desafeto, Geraldo Alckmin, garante que, agora, vai ‘investigar' as razões do colapso em marcha.
No momento em que o governo federal oficializa a concessão de importantes aeroportos nacionais à iniciativa privada -em nome da eficiência e porque o Estado não dispõe de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões para investir no setor, embora tenha reservado R$ 57 bilhões aos rentistas da dívida pública no 1º quadrimestre-, o colapso elétrico em SP encerra lições oportunas. E, convenhamos, ecumênicas.”
FONTE: cabeçalho do site “Carta Maior”,sábado, 11/06
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