Carlos Chagas
Estava nos cálculos do Lula, conforme confidência de companheiros mais chegados a ele: neste começo de ano seria desencadeada, como está sendo, campanha para a defenestração de Fernando Haddad a candidato à prefeitura de São Paulo. Seria o derradeiro esforço de alguns petistas e de muitos adversários para desestabilizar a indicação do ainda ministro da Educação. Não erra quem supuser Marta Suplicy na manobra. Ela perdeu a chance de candidatar-se, foi humilhada e acumulou mágoas sem conta por ter sido preterida. Estaria dando o troco, agora.
Não é de graça que a blitz contra Haddad começou antes de iniciada a reforma ministerial da presidente Dilma. Dessa confusão artificial bem que poderia sobrar um ministério para a senadora. Jamais a Educação, mas por que não Ciência e Tecnologia?
De todas essas marolas detectadas nos últimos dias sobressai uma evidência: o Lula não abrirá mão da candidatura de Haddad, que lançou antes de o PT paulista organizar-se. Obteve, como comandante em chefe, a adesão dos que o seguem sem pestanejar e até dos que pensaram mas não tiveram tempo de reagir à imposição. Como iria, agora, ao sinal de uma conspiração parecida com o Exercito Brancaleone, dar o dito pelo não dito e aceitar que o ministro seja lançado ao mar como carga supérflua?
Até porque, o ex-presidente pouco tem errado em suas indicações eleitorais. Ai está o exemplo de Dilma Rousseff, que quando apontada candidata à sucessão presidencial, despertou em muitos companheiros sorrisos de superioridade, mas emplacou de forma indiscutível por força da liderança do chefe. O mesmo acontecerá, prevê o Lula, com a candidatura de Fernando Haddad. Se vai dar certo, só o futuro dirá, mas substituí-lo, nem pensar.
Fonte: Tribuna da Internet.
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