PLENÁRIA DO MANDATO DE SINEDINO NO CA DA PETROBRÁS
Fonte: Redação AEPET- Julio Lobo
A plenária de
prestação de contas do mandato de Silvio Sinedino no CA(Conselho de
Administração) da Petrobrás ocorrida, na 5ª feira(13/12), no Clube de
Engenharia, teve o comparecimento de dezenas de pessoas interessadas no
acompanhamento das discussões. Estiveram presentes a reunião representantes de
várias entidades como a AEPET(Associação dos Engenheiros da Petrobrás), a
FNP(Federação Nacional dos Petroleiros), a AFBNDES(Associação dos Funcionários
do BNDES), a APN(Agência Petroleira de Notícias), o Jornal Estado de São Paulo,
a Agência Reuters, o Sindipetro-RJ entre outras ligadas a categoria dos
petroleiros e uma série de movimentos sociais. Em oito meses a frente do mandato
Sinedino fez um balanço positivo da sua atuação e abriu a possibilidade de uma
nova candidatura para ocupar espaço no órgão colegiado da
Petrobrás.
O Conselheiro
Silvio Sinedino, fez uma exposição inicial sobre as suas críticas ao formato das
reuniões do CA da Petrobrás. Segundo ele, os encontros são muito curtos com
apresentações de no máximo 20 minutos para cada conselheiro e que as reuniões
não são como as da Petros que demoram no mínimo um dia inteiro A periodicidade
dos encontros foi outro ponto levantado por acontecer muito
espaçadamente.
Em outro ponto
abordado por Silvio Sinedino, ele falou que a falta de concurso público por um
período de dez anos na Petrobrás levou a um problema na questão da eficiência da
empresa. Ele ressaltou porém, que a identidade entre os empregados e a estatal é
um dos grandes trunfos em relação as outras empresas do setor. Foi questionada
por Sinedino a terceirização dentro da Petrobrás que atualmente chega a mais de
300 mil trabalhadores, ou seja, é uma relação de 1 funcionário efetivo para cada
4 terceirizados.
Sinedino falou
que em todas as ocasiões teve o mais irrestrito acesso a todas as informações
que solicitou dos órgãos competentes da empresa. Inclusive, a sua denuncia em
relação a Refinaria de Pasadena, no Texas, EUA, foi obtida através de uma
informação do próprio setor interno da companhia. Ele disse que as negociações
sobre a compra da Refinaria de Pasadena foram muito nebulosas e que a diferença
entre a compra e a venda da unidade foi clara e levantou suspeita de
irregularidades. Esta decisão da empresa passou pelo Conselho de Administração e
esta questão não foi esclarecida.
A discrepância
entre os preços internacionais dos combustíveis pagos pela Petrobrás nas
importações que estão cada vez mais frequentes e a cotação dos derivados de
petróleo no mercado interno foi outra questão indagada por Sinedino. "Esta
defasagem esta levando a um prejuízo de milhões de reais a empresa e está
fazendo com que a Petrobrás se encontre em situação de endividamento e
precisando recorrer a empréstimos no mercado." Uma das saídas apontadas por
Sinedino é a capitalização popular da empresa para que quem compre os papéis
tenha segurança no futuro da Petrobrás, sendo que este tipo de operação é
diferente da utilizada vulgarmente no mercado financeiro em que o investidor
quer um retorno de rentabilidade imediata.
Depois da
apresentação foi aberto um debate com os presentes. Um dos pontos levantados foi
a melhoria na comunicação e na informação para os que acompanham o mandato. A
unidade dos trabalhadores foi defendida pelo representante da FUP, Abilio
Tozzini, uma vez que as disputas sindicais estão criando divisões entre os
petroleiros. Sinedino respondeu afirmando que sempre defendeu a união dos
trabalhadores, mas respeitando as diferenças em alguns assuntos e levando a
unidade na prática e não somente no discurso. O conhecimento da pauta das
reuniões do Conselho de Administração da Petrobrás foi defendido pelo diretor da
AEPET, Henrique Sotoma, que assim levará a uma melhor qualidade nas discussões
dos assuntos tratados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário