Zé Dirceu bate na oposição pelas críticas à política econômica de Dilma Rousseff
Em artigo editado nesta segunda-fera (7) no seu blog - www.zedirceu.com.br - depois de um recesso de final de ano, o ex-ministro José Dirceu bate duramente na oposição e na imprensa pelas críticas que fazem à política econômica de Dilma Rousseff. Ele acusa os tucanos de desejarem a volta ao passado ao defenderem “o Estado mínimo e criticarem o governo pelo que chamam de estatismo, de intervenção na economia”“Mudou o ano (...) e só a oposição não muda, não se encontra, nem cai na real”, afirma o ministro dizendo que faltam alternativas à oposição, incluindo nela os chamados jornalões.
Mudou o ano (...) e só a oposição não muda, não se encontra, nem cai na realEle adverte que "a vida desmente nossos adversários. É só ver na mídia que o presidente da França, François Hollande, vai usar 2 bilhões de euros do orçamento para combater o desemprego e que os bancos centrais (BCs) afrouxam as regras para os bancos... Como vemos, sem Estado e sem apoio dos BCs não há salvação. Mas O Globo, jornal dos Marinho, por exemplo, ouve a oposição e até estimula convocação do ministro da Fazenda para explicar a política fiscal do governo Dilma. Decididamente não aprendem”.
Ao criticar os tucanos e a imprensa por defenderem o estado mínimo, o ex-ministro lembra que “o ridículo fica mais atroz ainda porque nos EUA e na Europa, o Estado, os governos, os bancos centrais, o FMI e a União Europeia intervêm na economia despejando trilhões de dólares e euros para salvar bancos e empresas, eliminando direitos e conquistas sociais e jogando seus países e povos na recessão e no desemprego”
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Nas suas críticas ele ataca também no ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso: “a gritaria histérica dos jornalões corre solta em paralelo às entrevistas e artigos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos economistas - quase todos banqueiros hoje - que assessoram o tucanato nesse retorno ao passado, no qual pregam a volta das privatizações, o corte de gastos públicos e juros e superávit mais altos. Atacam, ainda - e como! - o papel do Estado e alimentam uma campanha que já ganhou curso nos jornalões na Europa, acusando o governo Dilma de intervencionista em prejuízo dos investimentos privados”.
Dirceu também critica aqueles que dizem que o crescimento sustentado no mercado interno já se esgotou. “Temos uma economia basicamente voltada para o nosso mercado interno e os dos nossos vizinhos - mercados, registre-se, de uma dimensão única, com 400 milhões de habitantes, ávidos por serviços, capitais e tecnologia, bens essenciais e serviços públicos. Sem contar que internamente ainda temos um mercado a ser atendido de pelo menos 70 milhões de brasileiros que carecem de habitação, saneamento, transportes, serviços de saúde, educação, e insumos domésticos. Toda a infraestrutura do país está em reconstrução e nossa demanda de energia só cresce. Assim, como pode alguém pregar que nosso crescimento não pode se apoiar mais no nosso mercado interno?”
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