Mídia e especuladores: pesca em águas turvas na torcida por racionamento
Boa parte da grande imprensa continua em sua jornada irresponsável na cobertura sobre a questão energética. Há muita gente pescando em águas turvas. Turvas como a mídia, que as agitam. Há especuladores não só de dinheiro nas Bolsas, mas na política também.
Vendo os jornais hoje e os sites desses grandes jornais durante o dia de ontem, dá para perceber que o clima de torcida pelo racionamento ou apagão não se arrefece, apesar de todas as informações contrariarem tal hipótese.
Nos títulos e até em manchetes, os jornais alardeiam o risco de racionamento. Mas esse discurso é tão frágil que nem os analistas ouvidos pela grande imprensa o endossam. Ao ler as reportagens, percebe-se claramente a estupidez desse alvoroço.
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi claro: não há risco de falta de energia. Ele lembrou que, em 2008, quando assumiu, a seca era ainda mais severa e não houve desabastecimento.
Lobão acrescentou que as chuvas voltaram a cair no país e, aos poucos, vão reabastecer as hidrelétricas. E as usinas térmicas existem para garantir o abastecimento de energia no país quando os reservatórios estão baixos. “Em 2012 agregamos 3.500 MW (no sistema elétrico brasileiro). Para 2013 temos previsão de agregar 8.500 MW ou mais do que isso", disse o ministro.
E percebam que – como o discurso sobre o apagão é pura conversa fiada – certa imprensa já partiu para um outro tipo de sabotagem contra o governo. Agora, prega que a conta de luz vai subir. Mesmo com o governo garantindo a redução de 20% nas tarifas, aprovada no ano passado.
Houve até mesmo manchetes dizendo que a conta subiria 3% em 2013. Pura lorota. Esse seria o custo em adicional para 2014 se as térmicas ficassem ligadas durante todo o ano de 2013 – o que é um cenário absolutamente improvável. E essas manchetes ignoraram o fato de que a conta de luz vai cair 20% neste ano. Ou seja, falta até mesmo conhecimento de matemática para certa mídia.
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