Alarmismo sobre inflação tem o objetivo de subir os juros
Para manter o hábito, a grande imprensa se dedica a fazer alarmismo com a inflação. Desta vez, a justificativa é o aumento de 0,86% em janeiro. Bastou isso para intensificarem a campanha pelo aumento dos juros (os mesmos juros que eram apontados até há pouco tempo como os grandes vilões da economia). As manchetes dos jornais de hoje expressam bem esse interesse.
Não faz sentido fazer tal alarmismo. Seria suficiente dar uma olhada no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) no início de fevereiro. Ele ficou em 0,41%, menos da metade do verificado no mês de janeiro. Ou Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que ficou em 0,37%, abaixo do 0,46% em janeiro. Ou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que caiu de 0,40% para 0,20%.
Vejam, portanto, como a tendência da inflação é de queda já em fevereiro.
Mas, além desses indicadores, há outros argumentos que colocam por terra o discurso de que haverá disparo nos preços. Em sua coluna de hoje, Luis Nassif faz um bom resumo desses argumentos.
Nassif lembra que mais da metade da inflação em janeiro foi causada por alimentos que são afetados pelo clima, e não pela demanda. O segundo maior item de pressão foram as despesas sociais, puxadas pelo aumento do cigarro e do salário dos empregados domésticos.
Janeiro captou apenas uma parte da queda na conta de luz. O maior impacto virá em fevereiro, ajudando a baixar a inflação. Além disso, uma safra recorde está a caminho, o que ajudará a reduzir o preço dos alimentos. Mesmo com o aumento da gasolina, o impacto maior será para a desaceleração da inflação.
Tendência de queda
Alguns desses pontos já haviam sido ressaltados pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em entrevista ao jornal O Globo. "A inflação nos preocupa no curto prazo, está mostrando uma resiliência forte, mas não é o caso de descontrole inflacionário. No entanto, a nossa expectativa é de que ela continue pressionada neste 1º semestre, ficando em 6% em 12 meses", afirmou, acrescentando que a maior parte das previsões indica que não haverá estouro.
"Em fevereiro, a inflação deve ficar metade da de janeiro, apesar do combustível e da educação, por conta do efeito da queda da energia", disse Tombini. E para o segundo semestre, a tendência é mesmo de queda: "Primeiro, no ano passado, os serviços ficaram altos, por causa do salário mínimo. Em 2013, não tem esse efeito; segundo motivo: o câmbio no ano passado teve desvalorização do vale ao pico de 20%, 9% nominal. Não há expectativa de que algo nessa magnitude aconteça com o câmbio em 2013; terceiro motivo: o Brasil deve colher uma super safra. Em 2012, o preço do alimento ficou alto devido à seca nos EUA; houve um choque de preços, não se espera isso".
Portanto, basta um pouco de informação e honestidade para mostrar que não corremos o risco de descontrole inflacionário. Quem diz o contrário são os interessados no aumento dos juros, que estavam acostumados a ganhar com o rentismo e agora são obrigados a entrar no desespero.
Não faz sentido fazer tal alarmismo. Seria suficiente dar uma olhada no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) no início de fevereiro. Ele ficou em 0,41%, menos da metade do verificado no mês de janeiro. Ou Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que ficou em 0,37%, abaixo do 0,46% em janeiro. Ou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que caiu de 0,40% para 0,20%.
Vejam, portanto, como a tendência da inflação é de queda já em fevereiro.
Mas, além desses indicadores, há outros argumentos que colocam por terra o discurso de que haverá disparo nos preços. Em sua coluna de hoje, Luis Nassif faz um bom resumo desses argumentos.
Nassif lembra que mais da metade da inflação em janeiro foi causada por alimentos que são afetados pelo clima, e não pela demanda. O segundo maior item de pressão foram as despesas sociais, puxadas pelo aumento do cigarro e do salário dos empregados domésticos.
Janeiro captou apenas uma parte da queda na conta de luz. O maior impacto virá em fevereiro, ajudando a baixar a inflação. Além disso, uma safra recorde está a caminho, o que ajudará a reduzir o preço dos alimentos. Mesmo com o aumento da gasolina, o impacto maior será para a desaceleração da inflação.
Tendência de queda
"Em fevereiro, a inflação deve ficar metade da de janeiro, apesar do combustível e da educação, por conta do efeito da queda da energia", disse Tombini. E para o segundo semestre, a tendência é mesmo de queda: "Primeiro, no ano passado, os serviços ficaram altos, por causa do salário mínimo. Em 2013, não tem esse efeito; segundo motivo: o câmbio no ano passado teve desvalorização do vale ao pico de 20%, 9% nominal. Não há expectativa de que algo nessa magnitude aconteça com o câmbio em 2013; terceiro motivo: o Brasil deve colher uma super safra. Em 2012, o preço do alimento ficou alto devido à seca nos EUA; houve um choque de preços, não se espera isso".
Portanto, basta um pouco de informação e honestidade para mostrar que não corremos o risco de descontrole inflacionário. Quem diz o contrário são os interessados no aumento dos juros, que estavam acostumados a ganhar com o rentismo e agora são obrigados a entrar no desespero.
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