FORO DE
GUADALAJARA
Pela urgente defesa dos recursos energéticos da
Iberomérica. Os casos da PEMEX e da Petrobrás. Com os consagrados argumentos de
se chegar a modernidade e aumentar a eficiência da economia, os centros
financeiros do poder angloamericano renovam sua ofensiva para consolidar uma
segunda onda de reformas neoliberais dentro dos principais países do continente
iberamericano. Estas são praticamente um retorno as que foram executadas na
década de 1990 sendo presidentes, Carlos Salinas de Gortari(1988-1994) e
e Ernesto Zedillo(1994-2000) no México, Carlos Ménem na Argentina(1989-1999) e Fernando Collor de Mello(1990-1992) e Fernando Henrique Cardoso(1994-2003) no Brasil. O fracasso do modelo de desnacionalização e o desprestígio popular desses regimes, conduziu a América do Sul a reverter os danos causados pelas reformas ás economias nacionais.
e Ernesto Zedillo(1994-2000) no México, Carlos Ménem na Argentina(1989-1999) e Fernando Collor de Mello(1990-1992) e Fernando Henrique Cardoso(1994-2003) no Brasil. O fracasso do modelo de desnacionalização e o desprestígio popular desses regimes, conduziu a América do Sul a reverter os danos causados pelas reformas ás economias nacionais.
Por hora temos em frente uma segunda onda dirigida
pelos mesmos centros da hegemonia financeira global do eixo Londres-Nova York,
cuja a finalidade tem sido bem expressados pelos seus meios de comunicação
preferidos como Financial Times e The Economist. Quase simultãnea a imprensa
britânica ao mesmo tempo que ataca frontalmente a política econômica do atual
governo brasileiro por não se inserir inteiramente na ortodoxia de livre mercado
ao México apoiam como uma nova estrela dos países denominados
emergentes.
É clara e manifesta a intenção de confrontar entre si
no ambito do continente iberoamericano, as das maiores nações, México e Brasil.
O velho truque de "dividir para reinar" tem nome controlar os grandes recursos
energéticos, como o petróleo e o gás em ambos os países. De fato Washington e
seus sócios buscam estabelecer uma Área de Livre de Comércios das Américas(ALCA)
energética. Este modelo se desdobra em várias etapas que se expressam na
essência na política dos EUA para o Hemisfério. Uma prova maciça foi o discurso
do então Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, na Escola Superior de
Guerra(ESG) em 25 de Abril de 2012. A ALCA energética em sua variante comercial
é também o coração da Aliança do Pacífico subscrita por Chile, México e Peru com
os EUA.
Novamente nosso velho adversário, a oligarquia
angloamericana e suas petroliferas, se mobilzam a todo o vapor, ensaiando seus
truques e malandragens geopolíticos, como se as nações fossem marionetes. Ao
México exigem abrir a PEMEX aos investimentos estrangeiros imitando o modelo da
Petrobrás, no momento em que o Brasil dá passos largos para retificar o
rvadicalismo neoliberal imposto pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso a
companhia brasileira. Ao Brasil se ameaça com a ideia do "Pacto do México"
lançado pelo governo de Enrique Peña Neto, o que quer aumentar os investimentos
estrangeiros que possa levar ao controle do pré-sal.
No contexto da Cúpula da CELAC-União Européia em
Santiago do Chile, o presidente Henrique Peña Neto teve um encontro privado com
sua colega brasileira Dilma Roussef, e o que foi falado foram alianças
estratégicas entre as empresas PEMEX e Petrobrás, não para abri-las ao controle
estrangeiro da qual ambos os países se livraram com dois movimentos
revolucionários patrioticos similares. Uma das maiores conquistas da Revolução
Mexicana e da Constituição foi o controle soberano de seus recursos naturais o
que levou a expropriação petrolífera de Lazaro Cardenas em 1938. Mais tarde a
ação mexicana inspirou diretamente a criação da Petrobrás em 1953 pelo governo
Getúlio Vargas.
Novamente as duas nações, tem a frente o momento para
continuar a luta pelo controle soberano de seus recursos naturais estratégicos.
Essa unidade deve ser a causa comum de uma aliança estratégica que por seu
alcance universal se converteria naturalmente no eixo central do projeto
histórico da integração continental, causa nobre que encontramos no espirito e
na letra das constituições de ambos os países.
Esta tarefa é ainda mais urgente pela conjuntura
internacional que se abriu com a profunda crise financeira mundial provocada
pelas praticas especulativas do eixo Londres-Nova York e que não se encontra
outra saída de sobrevivência de criar guerras e conflitos para acumular e
controlar recursos naturais.
Assim assisimos atualmente na Africa com os
bombardeios que derrubaram o regime de Muammar Gaddaffi na Libia. Há que
recordar que o padrão concebido e imposto pelo império britânico no princípio do
século XX para solucionar a crise final foi impor o livre mercado para
conquistar os recursos naturais, sobretudo o petróleo a nível mundial. De novo
as oligarquias decadentes angloamericanas manobram para perpeturar a mesma
artimanha com a intenção desesperada de manter a sua hegemonia
global.
A Iberoamerica não pode aceitar sob as bandeiras de uma
modernidade já envelhecida o patético papel de ser fornecedor de gás e de
petróleo de uma oligarquia exasperada.
Para manter informado sobre esta batalha o Fórum de
Guadalajara convidou Fernando Siqueira, atual vice-presidente da Associação dos
Engenheiros da Petrobrás(AEPET) e Vice-presidente do Conselho Deliberativo da
Fundação Petrobrás de Seguridade(PETROS)
Fernando Siqueira
estará em Guadalajara nos dias 12 e 13 de Março e na Cidade do México nos dias
14 e 15 do mesmo mês.
Fonte: AEPET
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