terça-feira, 12 de março de 2013

PETRÓLEO - Forum de Guadalajara

FORO DE GUADALAJARA

Pela urgente defesa dos recursos energéticos da Iberomérica. Os casos da PEMEX e da Petrobrás. Com os consagrados argumentos de se chegar a modernidade e aumentar a eficiência da economia, os centros financeiros do poder angloamericano renovam sua ofensiva para consolidar uma segunda onda de reformas neoliberais dentro dos principais países do continente iberamericano. Estas são praticamente um retorno as que foram executadas na década de 1990 sendo presidentes, Carlos Salinas de Gortari(1988-1994) e
e Ernesto Zedillo(1994-2000) no México, Carlos Ménem na Argentina(1989-1999) e Fernando Collor de Mello(1990-1992) e Fernando Henrique Cardoso(1994-2003) no Brasil. O fracasso do modelo de desnacionalização e o desprestígio popular desses regimes, conduziu a América do Sul a reverter os danos causados pelas reformas ás economias nacionais.

Por hora temos em frente uma segunda onda dirigida pelos mesmos centros da hegemonia financeira global do eixo Londres-Nova York, cuja a finalidade tem sido bem expressados pelos seus meios de comunicação preferidos como Financial Times e The Economist. Quase simultãnea a imprensa britânica ao mesmo tempo que ataca frontalmente a política econômica do atual governo brasileiro por não se inserir inteiramente na ortodoxia de livre mercado ao México apoiam como uma nova estrela dos países denominados emergentes.

É clara e manifesta a intenção de confrontar entre si no ambito do continente iberoamericano, as das maiores nações, México e Brasil.  O velho truque de "dividir para reinar" tem nome controlar os grandes recursos energéticos, como o petróleo e o gás em ambos os países. De fato Washington e seus sócios buscam estabelecer uma Área de Livre de Comércios das Américas(ALCA) energética. Este modelo se desdobra em várias etapas que se expressam na essência na política dos EUA para o Hemisfério. Uma prova maciça foi o discurso do então Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, na Escola Superior de Guerra(ESG) em 25 de Abril de 2012.  A ALCA energética em sua variante comercial é também o coração da Aliança do Pacífico subscrita por Chile, México e Peru com os EUA.

Novamente nosso velho adversário, a oligarquia angloamericana e suas petroliferas, se mobilzam a todo o vapor, ensaiando seus truques e malandragens geopolíticos, como se as nações fossem marionetes. Ao México exigem abrir a PEMEX aos investimentos estrangeiros imitando o modelo da Petrobrás, no momento em que o Brasil dá passos largos para retificar o rvadicalismo neoliberal imposto pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso a companhia brasileira. Ao Brasil se ameaça com a ideia do "Pacto do México" lançado pelo governo de Enrique Peña Neto, o que quer aumentar os investimentos estrangeiros que possa levar ao controle do pré-sal.

No contexto da Cúpula da CELAC-União Européia em Santiago do Chile, o presidente Henrique Peña Neto teve um encontro privado com sua colega brasileira Dilma Roussef, e o que foi falado foram alianças estratégicas entre as empresas PEMEX e Petrobrás, não para abri-las ao controle estrangeiro da qual ambos os países se livraram com dois movimentos revolucionários patrioticos similares. Uma das maiores conquistas da Revolução Mexicana e da Constituição foi o controle soberano de seus recursos naturais o que levou a expropriação petrolífera de Lazaro Cardenas em 1938. Mais tarde a ação mexicana inspirou diretamente a criação da Petrobrás em 1953 pelo governo Getúlio Vargas.

Novamente as duas nações, tem a frente o momento para continuar a luta pelo controle soberano de seus recursos naturais estratégicos. Essa unidade deve ser a causa comum de uma aliança estratégica que por seu alcance universal se converteria naturalmente no eixo central do projeto histórico da integração continental, causa nobre que encontramos no espirito e na letra das constituições de ambos os países.

Esta tarefa é ainda mais urgente pela conjuntura internacional que se abriu com a profunda crise financeira mundial provocada pelas praticas especulativas  do eixo Londres-Nova York e que não se encontra outra saída de sobrevivência de criar guerras e conflitos para acumular e controlar recursos naturais.


Assim assisimos  atualmente na Africa com os bombardeios que derrubaram o regime de Muammar Gaddaffi na Libia. Há que recordar que o padrão concebido e imposto pelo império britânico no princípio do século XX para solucionar a crise final foi impor o livre mercado para conquistar os recursos naturais, sobretudo o petróleo a nível mundial. De novo as oligarquias decadentes angloamericanas manobram para perpeturar a mesma artimanha com a intenção desesperada de manter a sua hegemonia global.

A Iberoamerica não pode aceitar sob as bandeiras de uma modernidade já envelhecida o patético papel de ser fornecedor de gás e de petróleo de uma oligarquia exasperada.

Para manter informado sobre esta batalha o Fórum de Guadalajara convidou Fernando Siqueira, atual vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás(AEPET) e Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Petrobrás de Seguridade(PETROS)

Fernando Siqueira estará em Guadalajara nos dias 12 e 13 de Março e na Cidade do México nos dias 14 e 15 do mesmo mês.
Fonte: AEPET

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