quarta-feira, 30 de outubro de 2013

POLÍTICA - Indignação: escândalo se arrasta e há 15 anos tucanos emperram investigação




“Procurador manda apurar omissão em caso Alstom” e “Procurador manda investigar demora para investigar Alstom”. São dois títulos da Folha de S.Paulo hoje, na 1ª página e no caderno interno. Está tudo no jornal: o procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, instaurou uma apuração interna sobre o fato de o órgão que dirige não ter ajudado a Suíça a investigar o caso Alstom.
É aquele escândalo pelo qual a multinacional, dentre outras formas integrando o cartel montado nos transportes e denunciado pela Siemens, é acusada de pagar R$ 1,5 bi em propina e vantagens para integrantes de três governos tucanos de São Paulo, de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Vocês estão acompanhando o caso. A irritação do PGR ocorreu porque só agora se descobre que a Suíça pediu a colaboração das autoridades do Ministério Público para apurar o caso, esperou dois anos e como não recebeu nenhuma resposta, nenhuma palavra, arquivou parte do processo que corria por lá, na Europa.
Pedido foi arquivado em pasta errada e esquecido!!!
Depois da descoberta do arquivamento de parte do caso na Suíça, só aí o gabinete da Procuradoria da República em São Paulo informou que as providências não foram tomadas porque o pedido suíço foi arquivado numa pasta errada do gabinete do procurador responsável pelo caso Rodrigo de Grandis, e foi esquecido. Só dois anos depois e quando a Suíça o arquivou, lembraram-se do pedido.
É, o procurador Rodrigo de Grandis é o mesmo que há pouco tempo, depois de exaustivas investigações que levaram à conclusão de que o vereador paulistano Andrea Matarazzo (PSDB) precisava ser intimado para falar sobre o caso (ele foi secretário de Estado em áreas em que a Alstom/Siemens atuam), decidiu que não era o momento e que se fizessem mais e mais investigações.
Tem ou não tem razão o jornalista Ricardo Kotscho quando escreve essa pensata em seu blog Balaio, à qual dá o titulo de “Propinoduto tucano: 15 anos de mistério e impunidade“. Kotscho diz que, no escândalo, “há muitas perguntas a serem respondidas”. Põe perguntas nisso

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