Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras.
Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
POLÍTICA - "Joaquim Barbosa é um homem mau, com pouco sentimento"
Celso
Antônio Bandeira de Mello condena a forma como o presidente do STF
conduziu a prisão de Genoino. O advogado faz coro pelo impeachment de
Barbosa
"Joaquim Barbosa é um homem mau, com pouco sentimento
humano." A descrição nada elogiosa é de Celso Antônio Bandeira de Mello,
um dos mais conceituados advogados brasileiros e professor da PUC há
quase 40 anos. Ele se refere em especial à forma como Barbosa conduziu a
prisão de José Genoino. "Acho que é mais um problema de maldade. Ele é
uma pessoa má. Falo isso sem nenhum preconceito com a pessoa dele pois
já o convidei para jantar na minha casa. Mas o que ele faz é
simplesmente maldade", afirma o advogado.
Bandeira de Mello subscreveu na terça-feira, ao
lado de juristas, intelectuais e líderes petistas, um manifesto
condenando a postura de Barbosa. A ação supostamente arbitrária do
ministro na prisão dos condenados no processo do mensalão seria passível
de um processo de impeachment.
Alan Sampaio / iG Brasília
"O que Barbosa faz é simplesmente maldade", diz Celso Antônio Bandeira de Mello
"A medida concreta neste caso seria um pedido
de impeachment do presidente do Supremo", disse Bandeira de Mello, com a
ressalva de que não é especialista em direito penal mas expressa "a
opinião de quem entende da matéria".
De acordo com o advogado, o foro adequado para o pedido
de impeachment seria o Senado Federal. Segundo o inciso 2º do artigo 52
da Constituição Federal, é de competência exclusiva do Senado julgar os
ministros do Supremo. A iniciativa, segundo Bandeira de Mello, pode ser
de "qualquer cidadão suficientemente bem informado e, principalmente,
dos partidos políticos". Na segunda-feira, o diretório nacional do PT chegou a
cogitar medidas concretas contra Barbosa. A iniciativa, no entanto, foi
abortada por líderes moderados do partido. Segundo Bandeira de Mello, o fato de Barbosa ter mandado
para o regime fechado pessoas que haviam sido condenadas ao semiaberto e
a expedição de mandados de prisão em pleno feriado da Proclamação da
República sem as respectivas cartas de sentença (emitidas 48 horas
depois) contrariam a legislação e poderiam motivar o afastamento de
Barbosa. Para o advogado, a culpa pelas supostas violações e
arbitrariedades é exclusivamente do presidente do Supremo. "É o Barbosa.
Os demais ministros, ou parte deles, já praticaram as ilegalidades que
podiam praticar no curso do processo", disse Bandeira de Mello. O manifesto divulgado na terça-feira diz que "o STF
precisa reagir para não se tornar refém de seu presidente". O texto é
subscrito por dezenas de militantes petistas e partidos aliados, como os
presidentes do PT, Rui Falcão, e PCdoB, Renato Rabelo, além de
personalidades de diversas áreas como o jurista Dalmo Dallari, a
filósofa Marilena Chauí, a cientista política Maria Victoria Benevides,
os cineastas Luci e Luiz Carlos Barreto e o escritor Fernando Morais. Bandeira de Mello crê que o plenário do Supremo deveria
fazer uma censura pública a Barbosa. "Poderia ser de forma verbal, em
plenário, por meio de um manifesto e até mesmo pessoalmente. Ou o
Supremo censura a conduta de seu presidente ou ele vai cada vez mais
avançar o sinal", diz o advogado.
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