Medicina politizada para ele.
A Justiça brasileira, pudemos ver todos no Mensalão, é politizada, muito mais que justa.
Bastou trocar um ou outro integrante do STF para que o que fosse dito fosse desdito com a mesma ênfase.
O
que o novato Barroso afirmou, por exemplo, não tem nada a ver com as
coisas que o veterano Ayres de Britto dizia quando integrante do STF.
Pareciam dois casos diferentes.
A
politização se desloca, neste momento, para a medicina. É o que
demonstra o laudo médico encomendado por Joaquim Barbosa para aferir,
aspas, o estado de saúde de Genoino.
Alguém poderia ter dúvidas sobre o veredito? Alguém poderia confiar na isenção da escolha dos nomes feita por Barbosa?
E então somos levados a crer que Genoino parece ter uma gripe. “Não é grave” seu caso, dizem os médicos de Barbosa.
Com isso Genoino será fatalmente devolvido à cadeia, em vez de cumprir a sentença em casa.
Genoino
não está com muita sorte, esta é a verdade. Primeiro, ele foi condenado
num julgamento que a cada dia sofre mais e mais críticas de juristas
consagrados e apartidários.
Depois,
ele foi vítima do exibicionismo patológico de Barbosa, que mandou
prendê-lo e levá-lo, sem necessidade nenhuma, a Brasília em nome de um
circo do qual ele, JB, imagina se beneficiar.
Agora, ele pode ter sido objeto de uma ação de represália de médicos brasileiros ao programa Mais Médicos.
Você pode imaginar o sentimento dos profissionais da junta de Barbosa em relação ao Mais Médicos.
Ódio. Ódio assassino.
E assim vai Genoino, espremido entre uma justiça politizada e uma medicina igualmente politizada.
Suspeito que não acreditarão na gravidade de sua doença nem que ele morra. Dirão ao cadáver: “Levanta. Deixa de fingimento.”
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