Mesmo sob chuva, os adeptos da campanha `O Petróleo tem que ser nosso` começaram, nesta terça-feira (16/9), uma vigília de quatro dias em frente ao edifício sede da Petrobrás, próximo ao Largo da Carioca, no Centro do Rio. A abertura da manifestação foi um grande abraço em torno da Petrobrás, com o apoio dos servidores públicos estaduais que realizavam outra manifestação reivindicando reajuste salarial. A idéia do abraço simbólico era reavivar a histórica luta `O Petróleo é nosso!` para mobilizar a população para a necessidade de reestatização da empresa.
As dezenas de entidades, movimentos sociais e sindicais, integrantes da campanha `O petróleo tem que ser nosso`, realizaram, ainda na terça-feira, um ato público em frente ao Edifício Sede da Petrobrás (Edise), no centro do Rio de Janeiro. Uma passeata de servidores públicos estaduais se integrou ao ato em defesa do nosso petróleo.
A vigília é uma iniciativa das entidades que compõem o Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, que sintetizou as seguintes propostas constantes de um abaixo-assinado (www.apn.org.br/abaixo-assinado/petroleo): `1) Cancelamento imediato dos leilões das áreas potenciais produtoras de Petróleo!; 2) Mudança na legislação referente ao petróleo e gás, revogando as medidas privatizantes; retomando as áreas de Petróleo e Gás que foram privatizadas e desnacionalizadas; e recuperando o monopólio para a Petrobrás 100% estatal!`.
O evento conta, ainda, com uma série de atividades que visam conscientizar a população brasileira da importância de defender o petróleo brasileiro. Na lona de circo em frente à Petrobrás ocorrem as atividades, que durarão quatro dias.
Nesta quarta-feira (17/9), a partir das 10h, ocorreu a oficina de artesanato e pintura indígena. Em seguida, a atriz Priscila Camargo, contou histórias. Na parte da tarde, de 14 às 17h, foram programadas sessões de cinema, com documentários, um deles sobre a vitoriosa campanha `O Petróleo é Nosso`, nas décadas de 1940 e 1950, que resultou na criação da Lei 2004/53, que instituiu o monopólio estatal do petróleo e a criação da Petrobrás. Há um telão instalado no local das atividades. O petroleiro Francisco Soriano e o engenheiro Paulo Metri proferiram palestras, nesta quarta-feira (17/9), sobre a conjuntura nacional e a questão do petróleo.
Nesta quinta-feira (18/9), uma oficina de reciclagem de lixo ocorrerá às 10 horas. Em seguida, às 12h30min, apresentação do grupo `Emergência Teatral`, que vai encenar uma esquete alusiva às descobertas do petróleo no pré-sal. Entre 14 e 17 h, sessão de cinema, seguida de debate. Às 17 horas, o economista Carlos Lessa e o engenheiro Fernando Siqueira participam de debate com o seguinte tema: `A questão do petróleo, um projeto para o Brasil`. Em seguida, novo debate com o vice-presidente da Casa da América Latina, Ivan Pinheiro, e com o professor boliviano, radicado no Brasil, Carlos Romero, sobre a crise na Bolívia.
Na sexta-feira (19/9), os manifestantes vão entregar cartas aos presidentes da Petrobrás, do BNDES e à direção da Agência Nacional do Petróleo (ANP), com as reivindicações dos trabalhadores reunidos em torno do Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás. Uma roda de samba, com a participação de artistas famosos que apóiam a campanha, encerrará a Vigília. A atividade musical está prevista para começar às 12h30.
(Agência Petroleira de Notícias/Redação)
Fonte:AEPET.
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